Por Juliana Lorencini
Esta é a primeira vez que vocês vêm ao Brasil, sendo assim, qual é a expectativa de vocês para os shows no país?Ryan Clark: Temos recebido milhares de convites para tocar no Brasil durante os últimos anos, então esperamos uma boa oportunidade para irmos à América do Sul. Ouvimos que os fãs ai são incríveis! E estamos muito animados para que finalmente possamos tocar por aí!
Qual o seu principal cuidado ao montar um setlist para uma nova turnê? O fato de ser a primeira vez que vocês tocam no Brasil influencia a escolha das músicas?Ryan Clark: Gostamos de ter certeza que tocamos uma boa seleção de antigas e novas músicas. Definitivamente queremos incluir o maior número de singles e as músicas favoritas dos fãs. Quanto mais álbuns lançamos, mais difícil é escolher, mas acredito que o setlist será muito bem recebido.
Antes de tocar aqui vocês estavam em turnê com o In Flames. Como foi está turnê pela América do Norte em geral?Ryan Clark: Essa foi uma turnê inacreditável. Uma das melhores que nós já fizemos! Nos divertimos muito conhecendo o In Flames e as outras bandas que estavam nesta turnê, e os shows foram ótimos! Foi uma honra pode tocar ao lado de uma banda que todos nós temos tido muita consideração nos últimos 15 anos. O In Flames sempre foi uma influência para nossa música, então foi incrível dividir essa experiência com eles.
Vocês lançaram “True Defiance” em 2012. Este é o sexto álbum de estúdio da sua carreira. Como foi o processo de composição e gravação deste álbum? Gostei muito da arte da capa, quem a desenhou?Ryan Clark: A ilustração da capa foi criada por um artista chamado Justin Kamerer e você pode saber mais sobre ele acessando seu site neste link: angryblue.com.
O processo de gravação de “True Defiance” foi bem parecido com a forma como costumamos trabalhar. Temos nosso processo abaixo para uma ciência nesse ponto. Gosto de estar extremamente preparado quando entramos em estúdio e a experiência de estar em estúdio assim é mais interessante, porque você é capaz de ouvir novas e interessantes partes adicionadas a músicas que ficaram intocadas por meses.
Minhas impressões sobre “True Defiance” são de que os vocais estão mais agressivos e nos lembram os primeiros álbuns do Demon Hunter, assim como as guitarras e bateria merecem certo destaque e soam um pouco diferente dos últimos álbuns. Você concorda com isso? O que mais você pode nos dizer sobre “True Defiance”?Ryan Clark: Há definitivamente um salto no tecnicismo em “True Defiance”. Nós sempre tentamos colocar nossas respectivas habilidades para teste em cada novo álbum. Certamente, não somos a banda mais rápida ou mais técnica, mas dentro do contexto que o Demon Hunter está, tentamos empurrar esses limites. O que resultou em “True Defiance” com ritmos mais rápidos, as guitarras mais técnicas, mais variedade nas estruturas das músicas e uma gama mais ampla vocal.
Ainda falando sobre “True Defiance”, como tem sido o retorno por parte dos fãs e da mídia em relação ao novo álbum?Ryan Clark: A resposta do álbum tem sido muito positiva. Você nunca vencerá a todos, mas se eu estou falando em nome dos fãs mais antigos, o que temos ouvido tem sido muito encorajador.
“My Destiny” foi o primeiro single de “True Defiance” e ganhou um videoclipe. Como foi a sessão de gravação do vídeo?Ryan Clark: Gravar o vídeo foi ótimo. Gostamos de nos divertir fazendo nossos vídeos, então o clima no set é sempre muito descontraído. A filmagem foi feita ao longo de um dia muito extenso e o diretor filmou o resto da história (com os adolescentes) no final de semana seguinte. Ficamos muito satisfeitos com o resultado final.
Vocês são uma banda de metalcore com temática cristã. Quando decidiram começar a compor sobre esse tema?Ryan Clark: Nos termos de um tema espiritual, a banda é meramente uma extensão da minha visão de um mundo pessoal. Se eu fosse escrever sobre algo diferente, isso pareceria falso para mim. Em última análise, não houve decisão de criar este tema para a banda, isso só ocorreu em virtude de nossas crenças.
Pelo fato de vocês serem uma banda cristã, em algum momento isso os atrapalhou durante a carreira? Ainda hoje, após muitos anos de banda e com sucesso reconhecido, vocês ainda sentem algum tipo de preconceito?Ryan Clark: Haverá sempre críticos que julgam a banda apenas em nossa posição espiritual, isto é inevitável. Entretanto, parece que essa questão é menos de uma preocupação dos fãs de Heavy Metal hoje do que era há uma década. Sempre houve um bom número de bandas cristãs que ajudaram a legitimar o gênero desde sua inserção e não acredito que isso tenha as pessoas como confusas ou adversas como no passado. Bandas cristãs costumavam ser infames por oferecer uma “versão cristã de” o que fosse popular na época – mais especificamente, eram notórios por roubar bandas não-cristãs de uma forma bastante ostensiva. Como a cena cresceu e mudou, muitas bandas cristãs tem pavimentado seu jeito único e original, e, portanto seguido de mais respeito. Hoje somos uma banda de respeito.
Quais foram suas principais influências musicais no início da carreira?Ryan Clark: Nossas maiores influências em termos musicais foram e são: Machine Head, Sepultura, Pantera, Fear Factory, Soilwork, In Flames, Deftones, Slipknot, Metallica, Prong, Scar Symmetry, Helmet, entre muitos outros.
Atualmente o que vocês têm ouvido? De alguma forma isso os influencia durante o processo de composição de um novo álbum?Ryan Clark: Não sou movido freqüentemente por um novo álbum de metal, então muito do que eu escuto é de fora do nosso gênero. Tento a ficar mais excitado com música eletrônica, ou algum pop ou rock… Escuto muito de muita coisa e penso que tudo de alguma forma informa minha escrita. Penso que escutar gêneros fora do metal ajuda o Demon Hunter a ficar acima de muitas bandas de metal de uma forma única.
Muito obrigada pela entrevista e, por favor, deixe um recado para o público brasileiro.Ryan Clark: Vejo vocês em breve!
Links relacionados:
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Entrevista realizada para a
The Ultimate Music e utilizada como material de divulgação da assessoria.