segunda-feira, 9 de maio de 2011

Helloween & Stratovarius - 06-05-2011 - São Paulo - SP (Credicard Hall)

Por Juliana Lorencini

Nesta sexta-feira, dia 06 de maio, dois dos maiores nomes do heavy metal melódico subiram ao palco do Credicard Hall juntas em uma noite memorável para os fãs. Helloween que após o lançamento de “7 Sinners” (2010) fez a alegria de muitos fãs ao anunciar sua mais recente turnê ao lado do Stratovarius que recentemente lançou Elysium (2010).

Pontualmente às 22h, o Stratovarious sobe ao palco com Matias Kuppiainen (Guitars), Lauri Porra (Bass), Timo Kotipelto (Vocals), Jörg Micheal (Drums) e Jeans Johansson (Keyboards), a primeira escolhida foi “Infernal Maze”, Kotipelto como sempre aparece no palco correndo e já direcionando seu olhar e gestos para a platéia mostrando o quão carismático e dinâmico o vocalista é. Em seguida sem nenhuma pausa para conversas tocam o que em minha opinião é uma das melhores e relativamente recente composição da banda, “EagleHeart” do Elements Part 1 (2003).

Kotipelto corre de um lado para o outro do palco e em muitos momentos deixa para que o público cante o refrão, e o mesmo prontamente responde. Vem então “Phoenix” e na sua seqüência outro grande clássico da banda “The Kiss of Judas”. Com uma breve introdução em poucos segundos a platéia pode notar do que se tratava e já erguiam os braços para acompanhar o Kotipelto e sua trupe.

Entre brincadeiras, caras e bocas vem “Winter Skies” do Polaris (2009) e mais uma de Elysium,“Under Flaming”Skies” muito bem recebida pelos fãs. Até que então soam os primeiros acordes de “Paradise” imediamente reconhecidos, chegava a vez de mais um clássico. Na seqüência “Darkest Hours” e “Speed of Light”.

Após uma pequena pausa, onde Kotipelto aproveitou ainda para conversar um pouco com público e dentre outras coisas mencionar o quanto estava feliz pela volta do Jörg aos palcos, após o baterista se recuperar de um tratamento contra o câncer, muito bem, diga-se de passagem, tento em vista que o solo feito por Jörg foi muitíssimo bom e o baterista mostrou-se estar em perfeita forma. Ouve-se então a introdução de “Hunting High and Low” mais uma vez o Stratovarius é seguido e Kotipelto tem quase sua voz encoberta pelo público que cantava cada trecho com o vocalista. Para encerrar e mais do que conhecida e aguardada, uma das que não poderiam ficar de fora de maneira alguma, e já era esperada para o encerramento, após um breve solo de piano de Jeans Johansson temos “Black Diamond”, rápida e melódica cantada em unísom.

Em uma apresentação mesclada por clássicos e novas de Elysium, o Stratovarius fez uma ótima performance dentro do que o pouco tempo destinado a bandas de abertura permite fazer. Para quem está habituado a vê-los como banda principal algumas coisas ainda ficaram de fora dando aquela sensação de que algo faltou. Carismáticos e extremamente eficientes, os finlandeses mostraram porque são um dos grandes nomes quando o assunto é power metal. Não há como negar que Kotipelto faz exatamente o que se espera de um grande frontman além de ter um dos melhores e diferenciados vocais e por isso é ovacionado a todo o momento, já a irreverência de Jörg Micheal sempre ganha seu espaço divertindo a todos, porém mesmo os novatos Lauri Porra, que em todo show já sabendo do significado de seu sobrenome aqui brinca com o mesmo, fazendo com que todos cantem junto com ele o refrão “Mas que Porra!”, arrancando risos de todos e Matias Kuppiainen não faz com que sintamos falta de Timo Tolkki, isso não se aplica aos fãs mais assíduos, óbvio, mas de forma geral não faz.

Set List

Stratovarius:
Infernal Maze
Eagleheart
Phoenix
The Kiss of Judas
Winter Skies
Under Flaming Skies
Paradise
Darkest Hours
Speed of Light
Hunting High and Low
Black Diamond

Depois de alguns minutos se passarem às 23h45min as luzes do Credicard hall voltam a se apagar e chega então o momento mais aguardado da noite em poucos segundos entram ao palco Andi Deris (vocal), Sascha Gerstner (guitarra), Michael Weikath (guitarra), Markus Grosskopf (baixo) e Dani Loble (bateria) para mais uma apresentação, essa que foi a sétima passagem da banda pelo país, segundo o próprio Andi, a quarta somente no Credicard Hall. Mostrando nesse momento também que sua memória ainda está em perfeito funcionamento quando o assunto é vinda ao Brasil.

Para começar “Are You Metal?” que apesar de nova fez com que todos cantassem juntos com seus braços erguidos acompanhando Andi e companhia. Logo em seguida sem muito tempo para conversas um dos maiores clássicos do Helloween, “Eagle Fly Free”, não é preciso mencionar que a recepção dos fãs foi ainda maior do que para a anterior.

Vem então um solo de Sascha Gerstner, sinceramente não entendi muito bem porque de um solo tão cedo, ou até mesmo se era esse necessário, mas ele assim o fez, simples e sem grande destaque.

Na volta deste solo temos “Steel Tormentor” de The Time of the Oath” (1996) reconhecida rapidamente ainda mesmo que pela público adolescente da banda que era grande, e as novas “Where the Sinners Go” e “World of Fantasy” também de 7 Sinners (2010), mostrando a grande aceitação dos fãs pelas novas faixas incluídas no mais recente set list da banda.

Após o solo Dani Loble que mesmo curto ainda conseguiu empolgar o público, vem “I’m Alive” do Keeper of the Seven Keys Part I (1987) um clássico da banda, neste momento confesso que mesmo eu que sempre fui grande defensora de Andi frente aos vocais do Helloween sabendo que ele é uma excelente vocalista, especificamente neste momento senti falta de Kiske. Não que a mesma tenha tido uma má interpretação por Andi, ele a fez muito bem, mas tenho de admitir que senti. Seguida por “You Stupid Mankind”,

Com apenas Andi e Sasha “Forever and One (Neverland)” e já com a volta dos demais integrantes “A Handful of Pain”, do disco Better than Raw (1998), um dos meus favoritos do Helloween, não que eu espere que isso seja compartilhado outras pessoas.

É engraçado mencionar, o quão Michael Weikath me surpreendeu nesta apresentação, eu que já esperava por um guitarrista marrento e mal humorado, vejo ali a alguns passos de mim um outro lado, Michael brinca e corresponde aos pedidos dos fãs mais próximos (em especial a inúmeras meninas ali bem perto que gritavam pelo seu nome) a todo momento, chega bem perto, abaixa, faz caras e bocas para fotos e tudo isso sem deixar de fazer seu charme de bad boy. Durante todo o show ele acaba por ficar ali mais na dele, mais de canto, apenas vindo à frente para alguns solos em conjunto, mas de certa forma que uma das figuras mais características do Helloween não passa em branco.

E para nenhum grande fã poder se queixar de falta de clássicos em seu mais recente set o medley de “The Keeper of the Seven Keys”, “The King for a 1000 Years” e “Halloween”, atendeu muito bem a estes.

Chega então “I Want Out”, outra que gosto muito também, executada de maneira ótima, abre então em seu quase final uma pausa para que Andi converse mais com a platéia, dentre esses momento incluí brincadeiras com o baterista Dani Loble e até mesmo Andi mostrar que sabe de cor quantas vezes já passou pelo Brasil e até mesmo quais foram os locais. Acerta em cheio quando o quesito é fazer um agrado e charme para os fãs.

Na volta para o bis “Ride the Sky”, a clássica “Future World” e nesse momento já avisto ao lado os sortudos “doctors” (fãs escolhidos pela produção do show para fazerem uma participação em “Dr. Stein”) que subiram ao palco com a banda na última música da noite, todos devidamente trajados, nervosos esperando o momento certo de subir. Quando começa “Dr. Stein”, lá estão eles a postos até que Markus Grosskopf dá o sinal de ok com cabeça e todos vêm ao palco, cada um logicamente já procura e fica ao lado do seu Helloween favorito e isso é extremamente válido no caso das meninas escolhidas! O Helloween encerra mais um show numa grande festa, num palco bem agitado com os músicos interagindo diretamente, viu até mesmo Micheal deixar uma menina tocar sua guitarra ao mesmo tempo em que o guitarrista olhava para a platéia e esboçava algo como quem aprova o desempenho da menina frente ao instrumento.

Brincadeiras a parte, o Helloween soube mais uma vez inovar em set list e mesmo assim trazer um show repleto de clássicos, que foi muito bem recebido pelos fãs. Com uma excelente presença de palco e plena segurança de como fazer um grande show, a noite desta sexta-feira não foi diferente. A casa não estava completamente cheia, ainda sim tinham um número muito grande de pessoas que puderam não somente conferir o porquê do Helloween ser uma das bandas mais influentes do Heavy Metal (prova disso a enorme quantidade de “novos” fãs que a banda trouxe ao Credicard Hall) numa ótima apresentação como essa segunda geração do metal melódico, o Stratovarius.

Set List

Helloween:
Are You Metal?
Eagle Fly Free
Steel Tormentor
Where the Sinners Go
World of Fantasy
I’m Alive
You Stupid Mankind
Forever and Ove (Neverland)
A Handful of Pain
Keeper of the Seven Keys/The King for a 1000 Years/Halloween
I Want Out
Ride the Sky
Future World
Dr. Stein

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