segunda-feira, 27 de setembro de 2010

The 69 Eyes - 25-09-2010 - São Paulo - SP (Carioca Club)



Text e fotos por Juliana Lorencini


A banda finlandesa The 69 Eyes, se apresentou esse sábado 25 de setembro na capital paulista, no Carioca Club, a casa que já estava aberta desde as 19h, abrigou muito fans que esperaram ansiosamente cinco anos pelo retorno da banda a São Paulo, a última apresentação dos finlandeses por aqui foi em 2005 no festival Live ‘N’ Louder, que na época foi sediado pelo estádio da Portuguesa.

Pontualmente as 20h, o The 69 Eyes composto por Jyrki 69 (Vocal), Bazie (Guitarra), Timo-Timo (Guitarra), Archzie (Baixo) e Jussi 69 (Bateria) sobe ao palco, levando ao delírio os fans que antes mesmo das cortinas de abrirem por completo, já que havia uma frestinha entre ela, onde muitos tentavam ver a movimentação atrás do palco, já estavam com os olhos fixos naquela direção.

Animados, o The 69 Eyes entra com toda sua energia e tem sua primeira música cantada por todos , o que não seria nenhuma novidade durante todo a apresentação, esse foi um dos poucos shows que assisti, e olha que eu já fui a um número considerável, em que presenciei isso, posso afirmar que todas as músicas tocadas pelo The 69 Eyes foram acompanhadas por seus fans que não eram poucos. Apesar do sábado chuvoso e frio, isso não foi o bastante para impedir que grande parte dos fans comparecessem ao Carioca Club.

Eles abrem com “Back in Blood“ e em seguida vem “Dead n’ Gone “. Durante a noite o vocalista Jyrki 69, muito carismático já comentando a principio dá boa noite aos fans e diz que após longos cinco anos a banda está de volta, e que fica muito feliz em revê-los novamente. Jyrki 69 ainda brinca com os fans fazendo algumas caras e bocas, que serão repetidas durante toda a noite, além das diversas “dançinhas”, incluindo uma reboladinha de costas para o público, mais ao final da noite, sob a bateria que levou a maioria das meninas e porque não meninos a loucura!
Dá-se então sequência com “Don’t Turn Your Back On Fear” e “ Gothic Girl”.

Mais uma vez Jyrki 69 interrompe a apresentação para conversar com os fans, repete que está muito feliz em estar ali naquele momento e pergunta a todos se eles sabem porque eles gostam tanto de vir ao Brasil, os fans apenas o observam atentamente, é quando então Jyrli 69 pergunta novamente o porquê, sem resposta ele diz: “É por causa das garotas brasileiras, das garotas quentes!” e é ovacionado por gritos e sorrisos.

Temos então “Lips of Blood”, “Dance D’Amour”, “Perfect Skin”, “Christina Death”, “Never Say Die”, “Sleeping With Lions”, “Kiss Me Undead”, “Betty Blue”, “Dead Girls Are Easy”, ” Wasting The Dawn”,” Feel Berlin”, “Brandon Lee” e encerram com a nova “Devils”, que já é mais do que conhecida de todos, com um refrão simples e eficaz que é ecoado por toda a casa.

Com isso a apresentação chega ao que poderia ser o seu fim, a banda saí do palco, mas como todos já aguardavam retorna, com Jussi 69, empunhando o microfone e brincando com o público, e não deixando de mencionar mais uma vez que no Brasil ele encontrava as garotas mais bonitas e mais quentes, e que ele assim como s demais integrantes da banda gostam muito das garotas brasileiras. Fico com a impressão que algo da fase Hard Rock do The 69 Eyes ainda está presente, em especial quando os membros interagem com ons fans. Seria impressão minha?

No bis tocam “Framed In Blood”, “The Chair” e “Lost Boys”.
E se despedem atenciosamente dos fans. Jogando baquetas, palhetas e estendendo a mão aos que estavam ali apertados na primeira fila, gesto que vi muio durante a apresentação, feito em especial por Jyrli 69, que muitas vezes pegou na mão das pessoas ali na primeira fila.

Mesmo não sendo grande fan do gênero, saí de lá com uma ótima impressão da banda, do público, da noite em geral. E claro com “Devils” impregnada, segui cantando a mesma durante um bom tempo ainda pós show. O The 69 Eyes, fez uma apresentação empolgante, além de esbajarem simpatia, interagiram o tempo todo com seu público e foram muito eficazes ao executar cada faixa durante a 1h30 de duração.
Agora para os fans mais afoitos e esperar e torcer para que o seu retorno não demore mais cinco longos anos!

A Dark Dimensions Produções, mais uma vez está de parabéns não só pela organização do evento como também pela atenção dispensada a nós, em especial ao Marcos, produtor.

Set List:
Back in Blood
Dead n’ Gone
Don’t Turn Your Back On Fear
Gothic Girl
Lips of Blood
Dance D’Amour
Perfect Skin
Christina Death
Never Say Die
Sleeping With Lions
Kiss Me Undead
Betty Blue
Dead Girls Are Easy
Wasting The Dawn
Feel Berlin
Brandon Lee
Devils

Bis:
Framed In Blood
The Chair
Lost Boys

domingo, 19 de setembro de 2010

Peter Frampton - 10-09-2010 - São Paulo - SP (Via Funchal)



Por Juliana Lorencini

Na noite desta última sexta-feira, dia 17 de setembro, subiu ao palco do Via Funchal um dos maiores guitarristas do classic rock, Peter Frampon! Com apenas 10 minutos de atraso, diante de uma grande platéia, que preenchia toda a pista e camarotes da casa, Frampton sobe ao palco ao lado dos músicos Rob Arthur (Teclados e Guitarra), Adam Lester (Guitarra) e Dan Wojciechowski (Bateria), John Regan (Baixo).

Dava-se então o início de um show repleto de nostaugia e ao mesmo tempo extremamente empolgante, que fez com que todos que ali estivessem por algum momentos ensaiassem lá seus passos de dança.
O público era do mais variado possível, mostrando a versatilidade da música de Frampton, vi mulheres de meia idade, adolescentes com seus casados de couro, aquela típica galera das antigas com seus também casacos de couro e a camisetas onde o preto da lugar ao cinza dado pelo tempo. Pude ver muitas famílias ali também, mostrando que gosto pelo rock and roll muitas vezes começa cedo.

A primeira da noite é “Four Day Creep” do Humble Pie, cantada pelo tecladista Rod Arthur, enquanto Frampton entra vagarosamente ao palco, a segunda música é "It's A Plain Shame" já com Frampton nos vocais, na seqüência "Show Me The Way", nesse momento o público vai ao delírio e acompanha casa frase, em alguns momentos Frampton deixa que somente a voz do público seja ouvida e essa é forte, tomando conta do Via Funchal.

Frampton, então pega um exemplar de seu novo disco, de vinil, e diz a todos que este acará de ser lançado, e ainda brinca o colocando a frente da bateiria dizendo que é para que todos não esqueçam e adiquiram os seus. E segue com "Lines On My Face", "Restraint" do disco novo , "Float", "Boot It Up", "Double Nickels", "I Wanna Go to the Sun", "Off The Hook", "Vaudeville Nanna and the Banjolelee" (mais uma do disco novo) e "All I Wanna Be (Is By Your Side)".
Frampton inova ao fazer um cover de "Back Hole Sun" do Soundgarden, apenas instrumental, somente nos últimos segundos da música ele canta o refrão com o uso do Talk Box. E chega a vez de mais um grande clássico "Baby I Love Your Way", percebo que essa é uma música que em especial agrada muitos casais, mas é cantada em uníssom .

Temos então "(I'll Give You) Money" e "Do You Feel Like We Do", está muito extensa, onde Frampton improvisa com seus músicos, brinca com a platéia usando o Talk Box, onde fala apenas o nome da canção e pede para que todos repitam com ele, além de ser correspondido, consegue arrancar muitos risos de todos.
É então que o músico tem sua primeira saída do palco, mas todos já contavam com a volta, e com o bis mais do que esperado! Ouvi por diversas vezes muitos pedindo por aquele que considero seu maior clássico e a música que me impulsionou a ir nesse grande show “Breaking All The Rules”, jamais imaginei que poderia ouvi-la ao vivo, e eis que ali era o grande momento.

Após alguns minutos, num momento que já passavam das 00h, Frampton volta ao palco, todos ali ansiosos, quando começam os primeiros acordes de “Breaking All The Rules”, foi com toda a certeza o ponto de maior entusiasmo do show, onde todos pulavam e cantavam em conjunto. Em seguida encerra com “While My Guitar Gently Weeps” (dos Beatles).

Foram aproximadamente 2h30 de apresentação, lembrando que não vi Frampton sair do palco um minuto se quer, além do tal bis! Isso mostra a ótima forma do guitarrista e sua trupe. Frampton se mostrou extremamente simpático, interagindo a cada momento com seu público, sejam em sorrisos, em brincadeiras com o Talk Box ou mesmo em conversas que não foram poucas, me lembro te tê-lo ouvindo se desculpar porque teria tentado aprender a falar português, mas não havia conseguido, então ficaria apenas no “Olá”, “São Paulo” e “Obrigado”. Ele também fez muitas menções aos ali presentes sempre que a palavra “friends” aparecia em algum momento de suas letras! Framton ainda saiu com um buque de rosas dado por um fan que estava na primeira fila e foi por algumas vezes mostrado nos telões, causando um momento de descontração para todos.

Foi uma noite simpática e deliciosa para aqueles que apreciam um bom classic rock, para aqueles que não foram é esperar a volta do grande guitarrista!

Set List:
Four Day Creep (Cover Humble Pie)
It's A Plain Shame
Show Me The Way
Lines On My Face
Restraint
Float
Boot It Up
Double Nickels
I Wanna Go to the Sun
Off The Hook
Vaudeville Nanna and the Banjolele
All I Wanna Be (Is By Your Side)
Black Hole Sun (Cover Soundgarden)
Nassau/Baby I Love Your Way
(I'll Give You) Money
Do You Feel Like We Do

Bis:
Breaking All the Rules
While My Guitar Gently Weeps (Cover The Beatles)

sábado, 11 de setembro de 2010

Aerosmith - 29-05-2010 - São Paulo - SP (Estádio Palestra Itália)



Por Juliana Lorencini
Fotos Por Juliana Lorencini

Na noite de 29/05, sábado, a capital paulista serviu de palco para uma das maiores bandas de Hard Rock do mundo, Aerosmith! A apresentação ocorreu no estádio Palestra Itália, tinha seu início marcado para às 21h30m, começou com apenas 7 minutos de atraso! Eis que uma enorme cortina com o logo da banda escrito em vermelho e fundo preto é baixada, momento no qual os fans iniciam o clamor pela banda. Em seguida as luzes do palco se ascendem (confesso que pela minha posição privilegiada em relação ao palco, vi quando todos os integrantes se posicionaram no palco), Mr. Steven Tyler pergunta pelas “garotas e garotos” ali presentes e em alguns instantes a cortina é solta, dando a todos a visão completa do palco e do enorme telão que serviu de pano de fundo durante a apresentação (de excelente qualidade, com toda certeza ajudou a muitos fans que se encontravam em pontos mais distantes do estádio.

Tyler se posiciona à frente do palco, em uma passarela que percorria alguns metros da pista vip, local pelo qual passou a maior parte do tempo, entre idas e vindas, caras e bocas distribuídos a todos os lados. Eu que bem pertinho estava, posso com toda clareza afirmar que Tyler é um dos maiores front mans que já existiram, desde sua performance como rock star ao seu carisma e óbvio, habilidade e característica única para cantar.

O Aerosmith abriu a noite com "Eat The Rich” e deu seqüência com "Back In The Saddle", "Love In An Elevator" e “Falling in Love (is Hard on the Knees)”. Em um show repleto de clássicos fica difícil descrever pontos altos ou baixos, a medida em que vejo todos ao meu redor cantando em uníssono . Confesso que também tive meu momento “tiete” e fiz um pequeno vídeo de “Pink”, música que veio a seguir, afinal de contas, não é sempre que se tem a oportunidade de ver Steven Tyler tão próximo e eu tinha a necessidade de guardar algo para a posteridade!

Apesar das diversas crises comentadas antes da vinda da banda ao Brasil, até mesmo após seu retorno, o Aerosmith em cena, provou que sabe muito bem como contornar as coisas, o perfeito entrosamento entre seus integrantes, Tyler buscou cada integrante dando um destaque especial constantemente e em momentos distintos. Fez com que o Aerosmith proporcionasse uma excelente noite aos fans que aguardaram tão ansiosos por está vinda, e a muitos que participaram ativamente da escolha do repertório em uma oportunidade dada pela banda (em seu twitter oficial).

Dando continuidade ao show, é a vez do então “bad boy” Steve Perry tomar a vez, numa pequena pausa, ele ‘rouba’ o microfone para si e diz que sempre que saí à rua ouve dos fans que foi superado no “guitar hero”, game o qual o músico tem uma canção, e que naquela noite todos poderiam tirar suas conclusões de quem era melhor, ele ou o game. Com um clipe de fundo do próprio game, Perry faz um solo memorável o qual é aplaudido por todos, percorrendo a passarela até sua extremidade, local no qual termina seu solo com a guitarra nas costas. Perry emendou seu solo com a cover "Stop Messin' Around".

Na seqüência. um dos momentos mais aguardados da noite. Tyler e cia executaram algumas das baladas mais marcantes da história do Hard Rock, “Crazy”, “Cryin’”, e após um breve solo de baixo, Tom Hamilton introduz "Sweet Emotion" para delírio geral.

Chega o momento de um pequeno solo de bateria de Joey Kramer, que dá entrada a "Lord Of The Thighs", e para mudar um pouco o clima pesado do show, executam "Baby Please Don't Go", de Big Joe Williams.

Os músicos deixam o palco sem fazer muito charme para se despedir, até porque todos aguardavam o retorno com bis. Alguns instantes depois, retornam com "Walk This Way" e "Toys In The Attic". A apresentação que teve mais de duas horas de duração, não deixou a desejar, apenas o excesso de clássicos que a banda acumula em sua longa carreira que seriam impossíveis de serem tocados em apenas uma noite, porém os selecionados deram conta do recado e fizeram com que muitos fans saíssem com a sensação de terem visto uma das melhores apresentações da banda.

Ter presenciado Mr. Steven Tyler de tão perto foi algo com toda certeza inesquecível, ver toda sua performace e confirmar que ele realmente tem uma boca enorme (piada boba da repórter a parte), mais do que isso, confirmar que crises a parte, o Aerosmith é um conjunto que funciona muitíssimo bem ao vivo.

Set list:
Eat The Rich
Back in the Saddle
Love in an Elevator
Falling in Love (is Hard on the Knees)
Pink
Dream On
Livin' on the Edge
Jaded
Kings And Queens
Crazy
Cryin'
Drum Solo
Lord Of The Thighs
Joe Perry Guitar Battle
Stop Messin' Around (Fleetwood Mac cover)
What It Takes
Sweet Emotion
Baby, Please Don't Go (Big Joe Williams cover)
Draw the Line – BIS: Walk This Way
Toys in the Attic

Jeff Scott Soto & Eric Martin - 23-05-2010 - São Paulo - SP (Carioca Club)








Texto e fotos por Juliana Lorencini


No domingo, dia 23 aconteceu na casa paulistana Carioca Club, o Hard Party II que contou com dois grandes nomes do Hard Rock mundial, Jeff Scott Soto e Eric Martin.

Por volta das 19h30m quando finalmente todos que estavam do lado de fora da casa conseguiram entrar, deu-se início a apresentação de Eric Martin, sem muitos recursos visuais apenas o telão que cobria o palco fora suspenso e atrás deste, os músicos aguardavam o público. Dono de uma voz inconfundível, desde a época do Mr. Big, Martin mostra logo de cara que nada parece ter mudado. Eric tem sérios problemas com a fumaça que é solta no palco durante sua performace, em alguns momentos chega a tentar afastá-la com os braços, mesmo os fans pedem para desligar o aparelho responsável pela fumaça que que prejudica a pérformance de Eric em certo momento. Problema corrigido, o frontman segue com “Take Cover”, “Promisse Her The Moon” e “Superfantastic”.

Um show com set list cobrindo sua carreira solo, mas fans que aguardavam ansiosamente por algo relacionado ao Mr. Big ainda tiveram “To Be With You” e “Daddy, Brother, Lover, Little Boy” para se deleitar, ambas cantadas em uníssono pelos presentes. Eu particularmente senti falta de “Shine” e creio que muitos também tenham sentido. Mas também não era preciso, Eric tem um repertório ótimo, com canções que se diferem de sua carreira no Mr. Big, mas com a essência do vocal! Assim como o ex-companheiro de banda Richie Kotzen, Martin tomou rumos bem diferentes após sua saída (Kotzen na verdade já tinha uma carreira solo antes da passagem por bandas como Mr. Big e Poison), porém criaram não somente outra identidade como um público caracteristicamente fiel. Eu que havia presenciado uma apresentação de Eric ao vivo, me surpreendi não apenas com sua performance ao vivo mas também com a qualidade do trabalho em si.

Um pouco antes do término de sua performance, Eric anuncia em uma breve conversa com o público que em breve Jeff Scott Soto (do qual ele se diz grande fan) subiria ao palco e que faria uma participação especial no show. Extremamente simpático e atencioso com o público, Martin distribuiu sorrisos, acenos e pausou sua apresentação para pequenos diálogos com os presentes.

Passada a primeira apresentação, eis que ecoa expectativa no Carioca Club quanto à próxima performance. As 21h o telão é novamente suspenso, Jeff e sua trupe estão a postos para começar o que seria uma de suas melhores apresentações no Brasil, as luzes se acendem e Soto abre bem o show com “Brothers In Arms” (para ser honesta fiquei surpresa, minha grande expectativa era se ele tocaria algo do W.E.T. e logo de imediato tenho minha dúvida sanada!). Jeff ainda tocou “Comes Down Like Rain/Gin & Tonic Sky” e “One Love” ambas do W.E.T.. Teríamos na sequencia “21st Century” , “Soul Divine”, “Eyes Of Love”, “No Salvation”, “Warrior/Living The Life”, enquanto JSS como sempre não para um só segundo no palco e varia entre pulos, corridas e reboladas! O vocalista mostra nitidamente ter diversas influências em sua carreira e o tal do “gingado” sempre fez parte de suas apresentações.

Alguns momentos depois numa breve conversa com o público, Jeff disse que sempre é questionado sobre o Talisman e que então tinha preparado algo especial! Ele tocou nada mais, nada menos do que grande parte de minhas músicas favoritas de uma vez só, sem pausa, fazendo com que a repórter que vos escreve quase tivesse um infarto! Sabe aquela canção que você ouve num cd ao vivo muito antigo e imagina que jamais terá a chance de vê-la ao vivo? Pois bem, eis que lá estava ele cantando todas! Medley de “Break Your Chains/Day By Day/Give Me A Sign/Dangerous/Just Between Us/Mysterious/I´ll Be Waiting”, e ainda brincou com os fans quando os fez repetir diversos sons que o mesmo fazia e no final, mais uma gracinha cantando o início de “Bad Romance” (Lady Gaga), deixando todos surpresos (para Jeff que tinha “Froozen” da Madonna em seu repertório oficial, isso já não causa nenhum grande estranhamento).

Jeff deixa o palco para uma curta pausa e no retorno fez uma homenagem ao Dio, um trecho curto de “Holy Diver”, ótimo! Em seguida fez um “top Five” dos grandes clássicos em sua opinião, passou por “We Will rock You” (Queen), “We’re not gonna take it (Twisted Sister)”, “Run to The Hills” (Iron Maiden) e a number five qual era? “Stand Up and Shout”! Clássico dos Clássicos, quem não quis ser um “Rock Star” depois de ver o filme? Ainda mais tendo a Steel Dragon (banda fictícia do filme) com a participação nos vocais de Jeff Scott Soto!

Soto ainda contaria com a participação de Eric Martin e Bj fazendo duetos em momentos separados. Com Eric, a interação anunciada fora em “Daddy, Brother, Lover and Little Boy” e “To Be With You” do “Mr. Big”; já com BJ, que Jeff descreve como grande amigo (além de compor sua banda e ter excurssionado com Jeff muitas vezes na época em que estava a frente do “Tempestt”) cantam “Insanity Desire”.

Nova pausa e retorno trajando uma camiseta do Brasil com seu nome atrás (dizem dada por um casal de fans no dia do show). JSS dominou o palco, rebolou de um lado para o outro e ainda fez gracinhas com o público (até dizer que um rapaz que berrava por BJ era seu namorado). Para não perder o costume, bebeu muita caipiroska durante a apresentação dizendo que na de número 12 viraria o copo, porém o fez muito antes e não apenas uma vez. No dado momento em que aconteceu, logo no início da apresentação, Jeff descrevia que no show anterior em Curitiba ele havia aprendido algo novo que era a expressão: “Vira, vira, vira! Vira, Vira, Vira! Virou!”, levando os fans ao riso e posteriormente a entoação da dada ‘expressão’, até Jeff dizer que não pode fazê-lo constantemente pois comprometeria seu show (mesmo assim, atendera aos fans em três doses). Nem mesmo os integrantes e Eric Martin escaparam, Jeff brincou perguntando quantas caipiroskas o ex-frontman do Mr. Big havia tomado e Eric sorrindo responde que ainda nenhuma.

Para encerrar de uma forma bem diferente, Jeff homenageou seu grande amigo e parceiro de composições e Talisman, Marcel Jacob (falecido em 2009), com um mini acústico no qual os integrantes da banda se dispuseram sentados no palco de frente para a platéia. Emocionado, Soto anuncia uma de suas canções favoritas, “Since You´ve Gone”, e desta forma encerra a apresentação, pontualmente às 23hs. Jeff mais uma vez correspondeu à expectativa dos presentes, com carisma, talento, diversidade musical, dentre outras qualidade que o vocalista possuí. A produção do evento fora elogiável, mantendo os horários pré-estabelecidos e bom andamento das apresentações.

Set list:
Intro
Brothers In Arms
21st Century
On My Own
Drowning
Soul Divine
Our Song
Eyes Of Love
No Salvation
Warrior/Living The Life/Holy Diver
Comes Down Like Rain/Gin & Tonic Sky
Talisman Medley (Break Your Chains/Day By Day/Give Me A Sign/Dangerous/Just Between Us/Mysterious/I´ll Be Waiting)
One Love – Stand Up And Shout
Insanity Desire (Tempest)
Daddy, Brother, Lover and Little Boy/To Be With You (Com Eric Martin)
Since You´ve Gone

Guns 'N' Roses - 13-03-2010 - São Paulo - SP (Estádio Palestra Itália)



Na noite do dia 13 de março, uma das bandas mais aguardadas pelo público Hard Rock se apresentou em São Paulo no Estádio do Palestra Itália, juntamente com o ex-integrante da banda Skid Row, o vocalista Sebastian Bach que fez parte do mesmo cenário musical que o Guns ‘N Roses, no final dos anos 80 e início dos anos 90.

Axl Rose e sua trupe já vinham com histórico de atraso dos outros shows realizados no Brasil, mas em São Paulo todas as estimativas de atraso foram largamente superadas: pontualmente as 21h30m, horário em que o Guns deveria subir ao palco, entra Bach e sua banda. Extremamente animado, Sebastian corre de um lado para o outro do palco, agita a cada música e interage com o público de uma forma até surpreendente, arriscando seguidas frases em português! Algumas destas foram mais constantes como “Saí do chão!”, no momento em que queria ver o público pulando junto com ele. O vocalista também tentou de todas as formas agradar aos presentes, em diversos momentos pediu que os canhões de luz fossem direcionados as arquibancadas enquanto pedia para que o público que estava lá gritasse. Seu set list foi composto de alguns clássicos do Skid Row como “Big Guns”, “Piece of me”, “Slave To The Grind” e “In a Darkness Room” (segundo Sebastian umas das músicas favoritas dos brasileiros) e singles solos além de alguns covers como “Back In The Saddle” do Aerosmith. Sebastian demonstrou no show que ainda é sim um grande front man, pela forma com que conduziu a sua apresentação, pela energia demonstrada no palco e pelo carinho que expressou pelo público brasileiro. Em um de seus discursos, Bach afirmou que a muito tempo ele e sua banda gostariam de tocar em São Paulo, e que naquele dia finalmente tinham conseguido e se sentiam muito felizes por isso. A apresentação foi encerrada com a balada “I Remember You”, “(Love Is) A Bitchslap” e o sucesso “Youth Gone Wild”.

Set List SEBASTIAN BACH
“Slave To The Grind”
“Back In The Saddle”
“Big Guns”
“Here I Am”
“Stuck Inside”
“Piece Of Me”
“18 And Life”
“American Metalhead”
“Stabbin’ Daggers”
“In A Darkened Room”
“Monkey Business”
“By Your Side”
“You Don’t Understand”
“I Remember You”
(Música nova)
“(Love is) A Bitchslap”
“Youth Gone Wild”

Banda:
Sebastian Bach - Vocal
Nick Sterling - Guitarra
Johnny Chromatic - Guitarra
Rob de Luca - Baixo
Bobby Jarzombek - Bateria

Com o fim da apresentação de Sebastian Bach, começou então a saga da espera pelo Guns ‘N Roses, que a essa altura já tinha um atraso notável. Enquanto os roadies da banda preparam o enorme palco para apresentação, a platéia vaia cada vez mais movida pela tensão da espera. Até que finalmente por volta da 1h de domingo, os telões são ligados e o público que já estava exausto pela espera começa a gritar! Sobe ao palco Axl Rose e sua trupe ao som de “Chinese Democracy”, tudo favorecia para uma grande apresentação se com menos de 2 min em cena Axl não tivesse parado e feito com que seus músicos o seguissem. O motivo: uma garrafa de água arremessada por um fã no cantor. Axl o chamou de covarde e ameaçou se retirar do palco caso torna-se a se repetir o ato. Eis que todos ali presentes começaram a entrar em desespero após a longa espera em ver que o show tão esperado poderia ter seu fim ali, mas Axl se dirigiu ao centro do palco, e em alguns segundos deram seqüencia ao show, para o alívio de todos os fãs ali presentes. Foi à vez então dos clássicos “Welcome To The Jungle”, “It’s So Easy” e “Mr. Brownstone”, que fazem parte do disco “Appetite For Destruction”, um dos álbuns (senão o álbum) Hard Rock mais vendido em toda história. Com isso, objetos como bandeiras, faixas, camisetas, bichos de pelúcia e até um soutien de uma fã mais exaltada, eram jogados ao palco e foram sendo recolhidos pelo cantor.

A apresentação da banda fora marcada nitidamente por momentos de grande empolgação do público quando eram executados os clássicos e de muito menos entusiasmo quando as músicas do seu mais recente disco “Chinese Democracy” eram tocadas, como “Chinese Democracy, “Sorry” e “Better”. Na pista grande parte não acompanhava as letras cantadas por Axl, e nas arquibancadas era ainda mais notável a falta de interesse do público, quando grande parte sentava e somente se levantava à medida em que os clássicos eram tocados. Cercado de aparatos eletrônicos como telões, fogos e até mesmo chuva de papéis picados no final da performance, não há dúvidas de que foi uma grande apresentação! Os telões da banda enormes foram não só um atrativo como uma ajuda a muitos fãs que estavam mais distantes, levando em consideração que os de tamanho padrão colocados pelos organizadores não davam conta de atender ao público pela sua péssima qualidade, isso enquanto funcionavam (na apresentação de Sebastian Bach, além de não funcionarem, o vocalista contou com uma péssima iluminação de palco, o que dificultou a visão dos presentes em muitos momentos). Já Axl superando todas as expectativas, demonstrou-se extremamente simpático com o público, muito comunicativo, conversou muito com os fãs e até mesmo esboçou preocupação com alguns que estavam na pista vip. Em dado momento, Axl chamou Ellen Jabour que estava ali no palco para auxiliá-lo como tradutora e pediu para que os fãs dessem um passo para trás, com o intuito de que ninguém se machucasse. Uma atitude que há tempos atrás não seria esperada do vocalista. Além da preocupação Axl em alguns momentos se desculpou por sua voz, e ainda mencionou o show que teria cancelado na noite anterior. Em suas palavras: “Estou um pouco rouco e o show foi marcado pelo nosso agente e não por nós, prefiro tocar para vocês do que para meia dúzia de pessoas”, neste momento os fãs começaram a gritar para Axl demonstrando um grande contentamento com sua declaração.

Foi um grande show, visualmente falando digno daquelas que ficaram para memória de todos os presentes, mesmo só contando com o próprio Axl como integrante original. Os novos membros não deixam a desejar, foram extremamente competentes e simpáticos com o público, segurarando muito bem a apresentação nos diversos momentos em que o vocalista deixava o palco. Axl mesmo tido como em má forma, não deixou a desejar, correndo de um lado para o outro do palco, ensaiando velhos passos de dança e gesticulando bastante com a platéia, sem contar no momento em que tocou “November Rain”, mostrando que alguns traços do velhos Guns ‘N Roses permanecem.

Axl encerrou o show por volta das 3h30m de domingo, um show longo para compensar a espera angustiante dos fãs. Nos minutos finais da apresentação fez ainda uma brincadeira com os fãs divertindo-se com a reação do público em muitos momentos, como quando pediu para que todos os presentes gritassem diversas vezes a frase “Fuck You, Axl Rose”. Na volta o bis de quase 40 minutos, com as novas “Madagascar”, “Shackler's Revenge” e “This I Love”, e finalmente a tão pedida “Patience” e “Paradise City”, cantada em uníssono e executada em meio a fogos, luzes coloridas e explosões.

Set List GUNS N’ ROSES
“Chinese Democracy”
“Welcome To The Jungle”
“It's So Easy”
“Mr. Brownstone”
“Sorry”
“Better”
Solo Richard Fortus
“Live And Let Die”
“If the World”
“Rocket Queen”
Solo Dizzy Reed
“Street Of Dreams”
“I.R.S.”
Solo DJ Ashba
“Sweet Child O' Mine”
“You Could Be Mine”
Solo Axl Rose
“November Rain”
Solo Ron Thal
“Knockin' On Heaven's Door”
“Nightrain”
BIS
“Madagascar”
“Shackler's Revenge”
“This I Love”
“Patience”
“Paradise City”


Banda:

Axl Rose - Vocal, piano
Richard Fortus - Guitarra
Ron "Bumblefoot" Thal - Guitarra
DJ Ashba - Guitarra
Tommy Stinson - Baixo
Frank Ferrer - Bateria
Dizzy Reed - Teclados, piano e percussão
Chris Pitman - Teclados

Doogie White - 06-03-2010 - São Paulo - SP (Blackmore Rock Bar)



Por Juliana Lorencini
Fotos por Juliana Lorencini & Leandro Cherutti

Na noite de 06 de março, um sábado, o vocalista escocês Doogie White, ex-integrante de bandas de peso como Rainbow, Cornestone e Yngwie Malmsteen, se apresentou no Blackmore Rock Bar. Doogie chegou na casa por volta da 1h20m, se dirigiu ao bar onde além de beber, tirou fotos e distribuiu autógrafos para todos os presentes.

Na noite de 06 de março, um sábado, o vocalista escocês Doogie White, ex-integrante de bandas de peso como Rainbow, Cornestone e Yngwie Malmsteen, se apresentou no Blackmore Rock Bar. Doogie chegou na casa por volta da 1h20m, se dirigiu ao bar onde além de beber, tirou fotos e distribuiu autógrafos para todos os presentes.

Um público de aproximadamente 100 pessoas aguardava para ver a apresentação do cantor. Exatamente a 1h40m, Doogie sobe ao palco, para o entusiasmo de todos os presentes e desde então não para um só minuto no palco, brincando com a platéia o tempo todo. Logo na primeira música Spotlight Kid (Rainbow), White faz graça e senta na escadinha de apoio do Blackmore (bem na minha frente diga-se de passagem), e sorri fazendo pose para as fotos que eram tiradas, para na seqüência executar o clássico Long Live Rock 'n' Roll (Rainbow). Alguns minutos depois de Doogie dizer que completava 50 anos naquela noite, um fã entrega um bolo para o vocalista que faz graça, agradece, oferece para a platéia e o deixa ao lado da bateria, local (no qual permaneceu durante toda apresentação).

Doogie não perde o fôlego, anda de um lado para o outro do palco, faz caras e bocas a cada música e não para de brincar com os fans ali presentes. Algo muito constante durante sua apresentação é a reverencia que ele faz a cada música do Rainbow e ao guitarrista Richie Blackmore, White faz isso apontando sempre para enorme imagem do guitarrista desenhada na parede da casa. O show que durou cerca de 1h, contou com o seguinte set list:

Spotlight Kid (Rainbow) / Too Late for Tears (Rainbow) / Long Live Rock 'n' Roll Rainbow) / When the Hammer Falls (Cornerstone) / Wounded Land (Cornerstone) / Razor Eater (Malmsteen) / Come Taste the Band (solo) / Wolf to the Moon (Rainbow) / Ariel Rainbow) / The Rulers of the World (Empire) / Manic Messiah (Empire) / Black Masquerade (Rainbow) / Hall of the Mountain King (Rainbow) - BIS: Gates of Babylon(Rainbow) / Singing Alone (Cornerstone)

Doogie demora um pouco mais que o habitual para deixar o palco após a execução de Hall O The Mountain King, fazendo com que muitos dos presentes não acreditassem no fim da apresentação. Eis que então os integrantes da banda que o acompanhavam adentram ao palco novamente e Doogie canta um dos clássicos mais aguardados da noite, Gates Of Babylon, que foi cantado em unísono pelos presentes. O encerramento deu-se com Singing Alone do Cornerstone.

Doogie fez uma apresentação vibrante, cheia de entusiasmo, acompanhados do músico norte-americano Andy Robbins (baixo) e dos brasileiros Daemon Ross (guitarra), Bruno Sá (teclados) e Leonardo Pagani (bateria). Com uma sensacional voz e presença de palco, White nos proporcionou um dos melhores shows de 2010, apesar do pouco público na casa. Ao final da apresentação Doogie, ainda participou no piso superior da casa de mais uma sessão de autógrafos e tirou fotos com alguns fans que ainda não haviam tido tal oportunidade.

Master - 20-02-2010 - São Paulo - SP (Seven Beer)



Por Juliana Lorencini
Fotos por Leandro Cherutti & Juliana Lorencini

A banda norte-americana de death metal Master fez sua primeira apresentação no Brasil no sábado (20/02), no Ares Festival, realizado no Seven Beer, bar localizado na zona central de São Paulo. Esta foi a penúltima apresentação da banda pelo país que no dia seguinte seguiria para Santa Catarina, encerrando a turnê brasileira.

O Master, banda mais aguardada da noite, que fez com que grande parte do público do evento entrasse na casa somente para vê-los, apresentou um show curto, com 1h de duração.
A banda subiu ao palco às 22hs, e sem muita delonga iniciou seu repertório com Master, levando o público que nesse momento já lotava a casa, tanto na pista como do andar superior, a cantar em uníssono. Para encerrar tocaram Special Skills.

O Set list:
Master (Master)
Shoot to Kill (Four more years of terror)
Slaves To Society (Slaves to society)
Judgement Of Will (On the Seventh Day God Created... Master)
Submerged in Sin (On the Seventh Day God Created... Master )
You'll Be Blamed (The spirit of the west)
All We’ve Become (Four More Years of Terror)
Return To Vietnam (Faith is a season)
Funeral Bitch (Master)
Mangled Dehumanization (Master)
The Final Skull (Slaves to society)
Let’s Start A War (Let´s start a war)
Pay To Die (Master)
Follow Jesus (Faith is season)
Special Skills (Four more years of terror)

A banda fez um excelente show, tanto com relação a qualidade musical como em desenvoltura no palco, foram muito simpáticos e profissionais. Duas situações no mínimo curiosas da noite foram ver Paul levando ‘choques’ durante toda a apresentação na sua guitarra e ver que a banda não possuí roadies, ou seja, os próprios integrantes se encarregam de montar e desmontar os instrumentos, assim como também cuidam da venda de CDs e camisetas da banda. Ao término da sua apresentação a banda ainda distribuiu autógrafos e tirou fotos com todos os presentes no local.

Abaixo segue a programação completa do Ares e todas as bandas que passaram por lá:
14h00 - ABERTURA DA CASA
16h20 - NECROMESIS
17h10 - CATASTROPHE
18h00 - INFERNAL COURSE
18h50 - QUEIRON
19h40 - DECRIED
20h30 - AGGRESSION TALES
21h20 - PREDATOR
22h10 - MASTER
“After Show” Master:
23h20 - INFAMOUS GLORY
00h10 - SELVAGERIA
01h00 - DESTRUCTOR SKULL KRUSHER
01h50 - ANDRALLS
02h40 - NUCLEAR DECIMATION
03h30 - FURIA V8

A organização do Ares Festival foi ótima, seguiram corretamente o cronograma das bandas, respeitando horários de entradas das bandas, até pela escolha de seus colaboradores. O Festival termina com um saldo positivo dando oportunidade as novas bandas da cena metal nacional se apresentaram para um grande público, justamente ao lado de uma banda já consagrada.