terça-feira, 26 de junho de 2012

Kip Winger, Steve Augeri e Ritchie Kotzen tocaram juntos em São Paulo

Texto e fotos por Juliana Lorencini

No dia 03 de junho aconteceu em São Paulo, mais uma edição do Hard Legends Party, o line-up escolhido para essa noite foi Kip Winger, Steve Augeri e Ritchie Kotzen, todos já velhos conhecidos do público paulista. Seja com suas respectivas bandas ou em carreiro solo, juntos formam uma ótima combinação para os amantes do hard rock.


Kip Winger foi o primeiro a subir ao palco e pegou o público de surpresa, as luzes ainda estavam apagadas quando o vocalista passou diante dos fãs e pegou seu violão com o roadie que estava do outro lado. Simpático como sempre, cumprimentou rapidamente a platéia e não demorou muito a começar a tocar.

Apesar da extrema simplicidade do seu show, Kip Winger sempre surpreende, com muita naturalidade domina o palco e prende a atenção dos poucos fãs já presentes na casa. Em seu repertório, clássicos do Winger como Miles Away, Down Incognito, Madalaine e Seventeen, além de Daniel música que faz parte de This Conversation Seems Like A Dream (1997), álbum solo de Kip, contou com a participação do guitarrista Leo Mancini (Tempestt) no backing vocal.



Com alguns minutos de atraso Steve Augeri saúda o público, e já se ouve as primeiras notas de Separate Ways (Worlds Apart), o que é o bastante para empolgar os fãs que estavam ansiosos para ouvir Journey na voz de um dos seus principais ex-vocalistas. Logo em seguida outros grandes sucessos da banda seriam lembrados entre eles Remember Me, Faithfully e Don't Stop Believin'.

Nem mesmo alguns problemas técnicos enfrentados pelo vocalista e sua banda de apoio BJ (baixo), Leo Mancini (guitarra), Jorge Anielo (teclados) e Jorge Anielo (bateria), ofuscaram sua apresentação. Em alguns momentos mal se ouvia os teclados, assim como a guitarra. De uma forma geral o som estava muito baixo e isso também refletia no microfone de Steve. 


Chega então um dos momentos mais esperados da noite, senão o mais. As cortinas do palco utilizadas uma única vez durante a noite se abrem, e Ritchie Kotzen e sua banda já estão à postos esperando pelo público, que já é bem maior do que o visto no início da noite.

Diferentemente das apresentações anteriores do guitarrista por aqui, Kotzen desta vez se mostra muito mais simpático e desinibido para conversar com a platéia, o guitarrista que normalmente esbanja timidez sobre o palco, e se limita a agradecer o público somente no final da noite, desta vez demonstra carisma de sobra.

O talento de Ritche enquanto guitarrista é inegável, assim como dos músicos que o acompanham, descontraídos, fizeram uma Jam no palco, cujo final foi a deixa para Doin' What The Devil Says To Do. Kotzen também enfrentou pequenos problemas técnicos, mas algo simples que ele mesmo resolveu em apenas alguns segundos no palco.

O set list para essa noite foi especial, bem diferente dos apresentados em suas últimas passagens pelo país, desta vez o foco ficou em seu trabalho mais recente 24 Hours comentado até mesmo por Ritchie durante o show. A grande surpresa ficou com My Angel, a balada com certeza não era esperada, apesar de estar em um dos vídeos dos ensaios para a turnê deste ano gravados e publicados pelo músico.


Algumas semanas antes de sua vinda Ritchie anunciou em seu site oficial, o cancelamento de alguns shows por causa de seu estado de saúde, a voz do cantor estava comprometida e ele passaria por um tratamento médico de três semanas. Se existia alguma preocupação por parte dos fãs em relação a sua performace, essa logo passou quando Kotzen cantou Bad Situation primeira música do show, e o que se teve daí em diante foi mais um daqueles shows inesquecíveis que o Ritchie Kotzen costuma fazer por aqui.

Uma pena que com tantos atrasos a noite tenha terminado tão tarde em relação ao que inicialmente era previsto. Era possível durante o show do Ritchie Kotzen ver diversos fãs indo embora, e muitos deles com certeza perderam o bis com Remember e Go Faster. O show aconteceu num domingo, e terminou aproximadamente às 23h40.

Set List Kip Winger
Cross
Easy Come Easy Go
Who's the One
Steam
Headed For A Heartbreak
Blind Revolution Mad
Free
Daniel  (duo with Leo Mancini on vocals)
Rainbow in the Rose
Down Incognito
Madalaine
Seventeen

Set list Steve Augeri
Separate Ways (Worlds Apart)
Ask The Lonely
Higher Place
Lights
Kiss Me Softly
Stone In Love
Send Her my Love
Remember Me
Wheel In The Sky
All the Way
Faithfully
Don't Stop Believin'
Any Way You Want It

Set List Richie Kotzen
Bad Situation
Help Me
24 Hours
Fear
Fooled Again
Love Is Blind
My Angel
Piece Sign
Jam (c/ Intro de Doin' What The Devil Says To Do)
Doin' What The Devil Says To Do
(OMG!) Whats Your Name
Paying Dues

Remember
Go Faster


 
 
 
 
 
 
Resenha e fotos publicadas no site da Rock Brigade: http://www.rockbrigade.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4226:kip-winger-steve-augeri-e-ritchie-kotzen-tocaram-juntos-em-sao-paulo-&catid=4:onstage&Itemid=8

Mo Use For A Name - 12-05-2012 - São Paulo - SP (Carioca Club)

Veja a galeria de fotos do show do No Use For A Name na única apresentação da banda no Brasil:

Créditos das fotos: Juliana Lorencini

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Fotos publicadas no site da Rock Brigade: http://www.rockbrigade.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3963:no-use-for-a-name-toca-set-list-repleto-de-classicos-em-sao-paulo-&catid=4:onstage&Itemid=8

Korpiklaani: “Somos a maior banda de folk metal do mundo e não há dúvidas”


O Korpiklaani é, sem sombra de dúvidas, um dos principais nomes do folk metal mundial e a cada disco lançado vem mantendo-se como referência deste gênero musical. O grupo desembarca esta semana no Brasil para quatro apresentações: Belo Horizonte (08/06 – Music Hall), São Paulo (09/06 – Clash Club), Curitiba (10/06 – Music Hall) e Porto Alegre (12.06 – O Beco).

Jonne (vocal/guitarra), Cane (guitarra), Jarkko (baixo), Matson (bateria), Juho (acordeom) e Tuomas Rounakari (violino) estão prestes a lançar “Manala”, oitavo álbum de estúdio da banda. Uma prévia desse novo trabalho já está disponível em “Metsälle”, música lançada em dezembro de 2011 justamente para acalmar o ansiedade dos fãs por este registro fonográfico.

Em uma longa entrevista exclusivamente concedida à The Ultimate Music, o acordeonista Juho Kauppinen comenta sobre “Manala”, a nova formação da banda, quais as expectativas dos finlandeses em retornar ao Brasil e muito mais.

por Juliana Lorencini
edição Costábile Salzano Jr.
fotos: Harri Hinkka

O próximo álbum do Korpiklaani se chama “Manala” e será lançado no mês de agosto deste ano. Manala significa o reino dos mortos, que faz parte da história de Kalevala, no hino nacional da Finlândia escrito por Elias Lönrot. Por que vocês decidiram abordar esse tema?
Juho Kauppinen: Kalevala não é uma nova inspiração para o Korplikaani, temos canções baseadas nisso há muito tempo ou com alguma notável semelhança ao estilo de Kalevala. Esse é um tema que sempre pode ser levado e expressado de um modo mais avançado. O novo álbum lida com temas que não necessariamente foram utilizados da mesma forma anteriormente. Não queremos nos acomodar, mas sempre tentamos oferecer algo novo, embora o som e os temas do Korpiklaani sempre farão a banda ser reconhecida como Korpiklaani. Nós nunca cantaremos sobre motociclismo ou coisas do tipo, não porque não seria divertido, mas porque seria fora do nosso estilo. Somos os principais representantes da mitologia finlandesa e dos antigos hábitos e crenças folk. Algumas músicas covers são exceção à regra, tocamos covers para sermos capazes de sair do nosso conceito Korpiklaani.

O novo álbum vem em duas versões: inglês e finlandês. Como surgiu a ideia de lançar um CD bônus em inglês?
Juho Kauppinen: Nosso manager sugeriu esta ideia e pensamos como seria extraordinário. Conseguiríamos abranger mais pessoas cantando as músicas em ambas as línguas e colocar o álbum para ser vendido como um CD duplo. Cada um de nossos álbuns, de longe exceto ”Ukon Wacka”, tem figurado músicas cantadas em inglês e finlandês. Agora a única diferença é que todas as canções tem sido cantadas em ambas as línguas, exceto a faixa bônus. Nesse ponto é muito difícil dizer como a ideia será recebida por todos que ouvirão o álbum. Pelo menos a ideia parece fazer sentido, como os ouvintes fora da Finlândia estarão prontos para entender o significado das nossas letras.

Em dezembro do ano passado, vocês lançaram o single “Metsälle”, que é uma das faixas que compõe o novo CD “Manala”. Como tem sido a resposta dos fãs e da mídia a essa música?
Juho Kauppinen: “Metsälle” é de alguma forma uma música tão típica do Korpiklaani, tendo partes lentas e rápidas, que se alternam a todo momento. Tocamos ela ao vivo desde o ano passado, quando as primeiras notas dessa música eram tocadas, o público parecia entrar em um humor um pouco sereno. A melodia inicial é muito envolvente e mesmo que a música tenha muitas partes, todas essas melodias são simples para cantar junto. Então eu diria que “Metsälle” tem sido muito bem recebida.

Recentemente houve uma alteração no line-up da banda, e Tuomas Rounakari passou a ser o novo violinista da banda. Como se deu a escolha de Tuomas e como tem sido sua adaptação?
Juho Kauppinen: Conhecemos Tuomas muito antes dele se juntar a banda. Ele tinha se oferecido para ser nosso violinista há uns dois anos atrás. Então, quando surgiu a necessidade o chamamos e fizemos uma escolha óbvia. Conhecemos o projeto solo de Tuomas o que foi muito convincente e que não só provou que ele é um músico esplendido, mas um competente showman, com seu costume único e sinos fixados em sua bota. Desde que se juntou a banda, Tuomas tem seu próprio número nos nossos shows. Ele é deixado sozinho no palco e encanta o público com seu violino shamanico e yoik durante a música ”Langetus”, a primeira faixa de seu álbum solo. Tuomas tem sido extremamente cooperativo e trabalhando com ele no estúdio foi muito prazeroso. Ele não só tem levado mais como um maestro de violino, mas também tido uma notável responsabilidade para as entrevistas da banda e ocasiões importantes.

Ele participou do processo de composição novo álbum? E de alguma forma vocês acreditam que ele possa influenciar na sonoridade da banda?
Juho Kauppinen: Tuomas fez parte dos arranjos com violinos em muitas músicas e também escreveu uma canção chamada “Husky Sledge”. Acredito que ele terá mais influencia nos nossos próximos álbuns. Ele é muito criativo e tem muita lenha para queimar. Estou certo que ele terá muitas ideias novas para nossos futuros álbum.

Vocês acreditam que cantar em finlandês seja importante para manter a essência das músicas, uma vez que os temas dos álbuns falam sobre a mitologia finlandesa?
Juho Kauppinen: A língua finlandesa é sem dúvida a mais adequada para as músicas, mas esse é um ponto de vista finlandês. Não existem muitas pessoas fora disso que entendam finlandês, o que se torna uma dificuldade para os estrangeiros. Eles podem apenas dizem como a linguagem soa, mas não necessariamente a sentem e suas características, e como o verso de “Kalevala” tomou forma ao longo dos séculos. O verso de “Kalevale” é impossível de ser cantado em outra língua a não ser em finlandês.

O folk metal tem ganhado grande destaque na mídia internacional nos últimos anos, mais bandas do estilo tem surgido e vem ganhando cada vez mais espaço na cena internacional. Como vocês vêm o folk metal atualmente?
Juho Kauppinen: Parece que a cena por si mesma cresceu bastante, com muitas ações dentro do underground e bandas mais conhecidas aderindo a este estilo. O Folk Metal está se tornando um estilo musical considerável com uma base sólida de fãs, que prestigia festivais como Paganfest, que certamente faz a cena se destacar num meio muito produtivo do metal.


Vocês estão prestes a lançar o quarto CD vindo de uma parceria bem-sucedida com a Nuclear Blast. Existem planos ou a intenção de vocês de lançar um CD ao vivo?
Juho Kauppinen: Temos muitos planos, inclusive lançar um CD ao vivo, mas infelizmente os planos nunca dão certo. Já perdi as contas de quantas vezes tentamos gravar nossos shows, mas ou problemas técnicos ou algum outro problema nos forçaram a abandonar o plano. Então, neste momento, não temos planos de gravar um CD ao vivo, mas certamente espero que isso aconteça no futuro.

O Korpiklaani é considerada maior e melhor banda de folk metal do mundo. O que você pensa sobre disso?
Juho Kauppinen: Não há como desmentir isso! Você pode digitar folk metal no Google, Youtube ou em qualquer outro lugar na internet e o Korpiklaani não vai passar desapercebido.

Vocês participaram do “Eluveitie & Friends”, festival organizado pelo Eluveitie que contava somente com bandas de folk metal. Como é tocar entre amigos?
Juho Kauppinen: É sempre uma boa experiência tocar com o Eluveitie. Tocar com eles é sempre proveitoso. Somos musicalmente um pouco diferente deles e eles de nós, no entanto, podemos agregar público e fazer com que ambos os fãs apreciem o nosso trabalho.

E quanto ao Brasil? Qual a expectativa de vocês para retornar ao país?
Juho Kauppinen: Será mais uma alucinante experiência. Esta certamente é uma razão para voltarmos à América do Sul. Do outro lado do mundo está um público muito intenso e devoto como no Brasil, Chile, Argentina e Colômbia. Os fãs da América do Sul são únicos. Eles vão se entregam de corpo e alma, gritam como se não existisse amanhã, sabem como festejar e realmente sabem tirar o máximo proveito de suas vidas.

Quais as lembranças que vocês têm da última vez em que estiveram aqui?
Juho Kauppinen: Eu apenas tenho dois tipos de memórias do Brasil: inesquecível e intenso! O Brasil foi muito divertido e com certeza será de novo.

Podemos esperar por alguma surpresa no set list, como por exemplo, mais alguma música de “Manala”?
Juho Kauppinen: Não há muito o que eu possa lhe contar, porque isso permanece até ser visto. Nós mesmos não sabemos exatamente o que tocaremos até 15 minutos antes do show… mas podem ter certeza que faremos algo em especial.

Quais são os planos de vocês para 2012?
Juho Kauppinen: Show e mais shows, nada mais que isso.

Muito obrigada pela entrevista e eu gostaria que vocês deixassem um recado para os fãs brasileiros, contando a eles um pouco do que eles podem esperar para o próximo show do Korpiklaani no Brasil.
Juho Kauppinen: Muito obrigado a você pela atenção e por esta entrevista. Estamos muito ansiosos para reencontrar os nossos fãs brasileiros e é um extremo prazer volta ao seu país. Vejo vocês em breve!

Mensagem Korpiklaani: http://www.youtube.com/watch?v=xLq8R_1Hsdo

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Michael Moroe: “Faremos vocês terem certeza que valeu a espera”

 Michael Monroe é um Deus do Rock! Pelo menos para os fãs de hard rock e glam/hair metal, o ex-vocalista do HANOI ROCKS, famoso grupo dos anos 80, é tido como uma das principais influências de muitos artistas que até hoje gozam de muito sucesso, incluindo Axl Rose, que o tem como ídolo.

O músico lançou no ano passado “Sensory Overdrive”, sétimo álbum de sua carreira solo, e com este trabalho alcançou os primeiros lugares nas paradas européias, além de figurar uma turnê ao lado do Motörhead. Michael também é uma das atrações do popular programa “Voices of Finland”. Recentemente, Monroe foi homenageado com o “Álbum de Rock do Ano” e “Banda do Ano”, durante a Emma Gaala, equivalente ao Grammy finlandês.

Apesar de ser uma estrela, em entrevista abaixo, o artista parece não ligar para o glamour, comenta sobre o passado e presente do hard rock e não tem receio em mostrar que está ansioso para tocar pela primeira vez no Brasil. Michael faz única apresentação no Brasil, no próximo dia 25 de maio, na Inferno Club, em São Paulo.

por Juliana Lorencini – especialmente à The Ultimate Music – Press
edição Costábile Salzano Jr.


Após muitos anos de carreira essa é a primeira vez que você vêm ao Brasil. Qual sua expectativa para sua grande estreia por aqui?
Michael Monroe: Sinceramente estou muito ansioso para fazer um super show de Rock ‘N’ Roll com uma excepcional e excitante grande vibração positiva. Bons momentos! Você sabe… 

Além desses anos e de ser um dos ícones do hard rock, por quê você acha que levou tanto tempo para vir ao Brasil?
Michael Monroe: Ninguém nunca me convidou para vir ao Brasil antes… E ninguém no passado nunca de fato me empurrou para isso também. So tenho que agradecer à Dark Dimensions pelo convite e fazer jus por isso.

“Sensory Overdrive” é seu oitavo álbum solo, e logo que foi lançado, em 2011, alcançou os primeiros lugares nas paradas européias. Após tantos anos, como você se sente vendo seu trabalho ainda fazendo sucesso, mesmo com um público bem jovem?
Michael Monroe: É ótimo ver que mesmo a nova geração ainda aprecia o real e autêntico Rock ‘N Roll uma vez que tenham que ouvir isso. Obviamente isso é atemporal.

Neste álbum, você também misturou outros elementos do hard rock e do country. Como surgiu a ideia de inseri-los?
Michael Monroe: Isso veio naturalmente quando estávamos gravando. É muito mais legal ter músicas fáceis e “calmas” como “Gone Baby Gone” e “All You Need” para uma mudança de ritmo em um CD ao contrário de algumas baladas bregas e afins.

As suas influências durante o processo de composição de “Sensory Overdrive” vieram de coisas mais atuais?
Michael Monroe: Tenho ouvido todo o tipo de coisa como sempre… Se você diz, existiu uma inspiração em particular para esse disco, como um artista ou um estilo… é apenas a minha banda. Isso é o que tenho ouvido, a minha banda. Apenas tendo uma grande banda e caras ótimos para trabalhar é o bastante. Todos nós temos muito das mesmas influências.

Desde do HANOI ROCKS você mudou um pouco sua maneira, seu visual. Qual a razão dessa mudança? Tem a ver com fim da banda ou foi algo natural?
Michael Monroe: Para mim, é mais natural me vestir como agora, mais simples e não tão cheio de purpurina, etc. Do mesmo jeito que eu fiz quando eu estava em carreira solo depois de ser demitido do Hanoi nos anos 80. Agora sou mais eu.

O hard rock teve seu ápice nos anos 80 e 90. Depois disso as bandas e os estilos foram mudando e aquela fase glam passou. A impressão que tenho é de que apenas as velhas bandas de hard rock continuam levando isso adiante. O que você acha disso?
Michael Monroe: Acho que todos deveriam fazer mais suas próprias coisas e não seguir a moda ou entrar numa onda. Quanto mais você tem de você mesmo, mais forte você é. Normalmente bandas com substâncias reais tem mais longevidade e atravessam por último quaisquer tipos de fases e modismos.

Ainda existem bandas novas fazendo hard rock na sua opinião? Quais bandas da atualidade lhe agradam mais? Alguma se destaca?
Michael Monroe: Primeiro o Foo Fighters, embora não ache que eles sejam tão novos. Gosto de Muse também. Existem boas bandas antigas que ainda são ótimas. Como Motorhead, Alice Cooper, John Fogerty… Acabei de ouvir o novo álbum do Nomads que soa ótimo.

O HANOI ROCKS serviu de inspiração para muitas bandas de glam e hair metal. Como você vê essa influência? Em algum momento você se sentiu o peso dessa responsabilidade?
Michael Monroe: Obviamente que todos os tipos de reconhecimento e imitação são lisonjeantes, mas nesse caso a influência era quase não intencional da nossa parte. Pessoalmente, eu certamente não poderia contar o monte de bandas com cabelos compridos e lápis nos olhos que usaram seus sprays de cabelo melhor do que seus instrumentos e cuja capacidade mental limitou as letras de suas músicas, sendo principalmente sobre festejar e ter garotas.

Esse ano você vai participar do “Voice Of Finland”. Como surgiu o convite para o programa?
Michael Monroe: O líder e tecladista da banda da casa, Lenni-Kalle Taiper me chamou e explicou o formato. Gostei da ideia de ouvir os cantores primeiro sem vê-los, e o fato que aquelas são pessoas que já cantam muito bem, então existe certamente qualidade. Também, ninguém é julgado ou humilhado. Nós não somos juizes, mas conselheiros e apenas damos criticas construtivas, coragem e força aos cantores. Não é dito a ninguém que eles “não podem cantar” ou “deveriam manter seus empregos atuais”.

Como é ser um astro hard rock na Finlândia, país conhecido por outros estilos de música como o Heavy Metal?
Michael Monroe: É muito legal morar lá… Para mim de qualquer forma. Não estou certo se eu entendi sua questão, mas sim, existem muitos tipos diferentes de boa música na Finlândia além do heavy metal.

Você já cantou ao lado de muitas pessoas, existe alguém ou banda em especial que você queira um dia realizar uma parceria ou show?
Michael Monroe: Adoraria sair em turnê mundial com o Foo Fighters ou Slash, Aerosmith, Alice Cooper, Motorhead etc. Bandas como essas, sabe. Na verdade, abrimos para o Motorhead no Reino Unido por três semanas em novembro do ano passado. Isso foi muito divertido!

Muito obrigada pela entrevista, Michael. Por fafor, deixe um recado para os seus fãs no Brasil.
Michael Monroe: Obrigado a todos vocês aí que tem esperado por nós! Faremos vocês terem certeza que valeu a espera. Estejam preparados para agitar, pular, cantar, gritar e se divertir! Tudo de bom e do melhor! Amor & Respeito!

Links relacionados:
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Decapitated – 26-05-2012 – São Paulo – SP (Blackmore Bar)

Por Juliana Lorencini

A primeira a subir ao palco foi o Pervencer seguindo um estilo Technical Death Metal, a banda paulista formada por Tiago Sammael (vocais), Marcos Oliver (guitarra), Fábio Amaro (bateria), e Nando Ferreira (baixo) se apresentou para um público ainda pequeno, uma vez que muita gente ainda estava do lado de fora da casa, porém isso não foi um empecilho para que o Pervencer fizesse um bom show e agitasse a galera.

Logo em seguida chegou a vez do Horns of Venus, a banda que trabalha seu mais recente álbum We are not buying your shit, também não desapontou ao público já presente. O grupo que segue a vertente do Death Grind conta com Ralph Baraka (vocais), Paulo Pinheiro (bateria), Italian Spiderman (vocais/guitarra), Augusto “Avgvstvs” Vespa (guitarra) e Hans Von River (baixo) no seu line-up e mostrou bastante precisão no palco.

Chega então o momento mais aguardado da noite, já com a casa cheia o Decapitated sobe ao palco, o grupo divulga seu mais recente trabalho Carnival is Foverer, o álbum que surpreendeu a todos e tem recebido diversos elogios não só dos fãs como da mídia especilizada, mostra a todos que o Decapitated continua sendo um dos grandes nomes do Death Metal mundial, e retorna aos palcos em grande estilo.

A primeira faixa escolhi para abrir a noite foi “The Knife”, tirada de Carnival is Forever, foi muito bem recebida pelos fãs, que não demoraram muito a abrir uma enorme roda dentro do Blackmore. Por mais que isso pareça um pouco surreal, essa foi a primeira vez que vi algo do tipo acontecendo num espaço tão pequeno!

O show ainda prosseguiu com faixas como “Day 69”, ” “Winds of Creation”, “A view from a Hole” e “Spheres of Madness”. Se alguma dúvida ainda pairava sobre a nova formação do Decapitated, ela deixou de existir muito antes do show acabar. Vogg acertou em cheio ao montar o novo line-up da banda, e Rafa? Piotrowski não decepciona os fãs em nenhum momento frente ao microfone. O vocalista não só se mostra muito competente como exibe uma ótima presença de palco.

Essa foi a primeira vinda da banda polonesa ao Brasil, e pelo jeito a espera dos fãs foi mais do que recompensada, em um show curto, direto e sem frescuras! Tragédias a parte que envolvam o passado da banda, a nova formação do Decapitated se mostrou mais do que capaz de assumir essa responsabilidade de agora em diante, não só em Canival is Forever, mas também ao vivo. Vogg pelo visto levou apenas o tempo necessário para fazer com que o Decapitated voltasse com força total na cena do metal mudial!

Set list Decapitated
The Knife
Day 69
Pest
United
Post (?) Organic
Mother War
Homo Sum
Winds of Creation
A view from a Hole
Spheres of Madness

 Resenha publicada no site Metal Revolution: http://metalrevolution.net/blog/2012/06/04/decapitated-26-05-2012-sao-paulo-sp-blackmore-bar/

Diablo Swing Orchestra – 29-05-2012 – São Paulo – SP (Inferno Club)

Por Juliana Lorencini

O Diablo Swing Orchestra se apresentou no dia 29 de maio, em São Paulo, no Inferno Club. Essa foi a primeira vez que o grupo veio ao Brasil e trazendo uma mistura diferente de ritmos a banda literalmente colocou seus fãs para dançar, assim como surpreendeu aqueles que ainda não a conheciam.

Para a minha surpresa o número de fãs que aguardavam a banda era grande, ainda mais para um show que aconteceu numa terça-feira, porém, isso não foi de forma alguma um impecilho para que muitas pessoas estivem lá presentes.

Com um set list relativamente longo, ao todo foram quinze músicas tocadas, o DSO conseguiu mesclar bem seus trabalhos anteriores, além de inovar. O show que começou pontualmente as 21h, teve como introdução “Guerilla Laments” que trazia consigo algo que muito lembrava o famoso samba brasileiro.

É difícil afirmar qual seja a principal característica do grupo, a mistura de diversos elementos dos mais sutis ao metal, passando pelo vocal da soprano AnnLouice Lögdlund, que inegavelmente se destaca. A qualidade de cada um dos músicos somada a uma boa dose de carisma da banda é sem dúvidas o grande diferencial.

Cada um tem ali seu papel caricato e em alguns momentos com fortes doses de expressão, é até cabível afirmar que o palco do Inferno ficou pequeno para os oito integrantes do DSO. O grupo originário da Suécia é formado por  Daniel Håkansson (guitarra/vocal), Pontus Mantefors (guitarra), Annlouice Loegdlund (vocal), Andy Johansson (baixo), Johannes Bergion (cello), Petter Karlsson (bateria), Martin Isaksson (trompete) eDaniel Hedin (trombone).

Para quem ainda não conhece, o DSO já está mais do que recomendado, é hora de deixa o preconceito de lado e abrir a mente para ouvir boa música, de umas das bandas que concorre fortemente ao posto de um dos melhores shows desse ano.

Setlist Diablo Swing Orchestra
Guerrilla Laments
A Rancid Romance
How to Organize a Lynch Mob/Black Box Messiah
VooDoo Mon Amour
Heroines
Wedding March for a Bullet
Bedlam Sticks
Infralove
Lucy Fears the Morning Star
A Tap Dancer’s Dilemma
Kevlar Sweethearts
Poetic Pitbull Revolutions
Ricerca Dell’Anima
Vodka Inferno
Balrog Boogie

Resenha publicada no site Metal Revolution: http://metalrevolution.net/blog/2012/06/12/diablo-swing-orchestra-29-05-2012-sao-paulo-sp-inferno-club/



Sepultura agita a Let’s Rock em São Paulo!


Texto e fotos por Juliana Lorencini

A Let’s Rock é uma exposição, diga se passagem uma das maiores que já existiu sobre assunto no Brasil, que acontece na Oca do Parque Ibirapuera desde o dia 04 de abril e fica em aberta até 27 de maio, das 10h às 22h, em São Paulo.

Além da mostra em si que reúne diversas imagens que contam a história do Rock ‘N’ Roll, o evento ainda conta com pocket shows, palestras e workshops que juntos são atrativos perfeitos para qualquer fã de rock e metal.

No último dia 16, o Sepultura foi a banda convidada para fazer uma apresentação no espaço denominado Varanda Let´s Rock, a banda que é a maior banda de metal do Brasil, não se intimidou com a nova proposta e fez um show arrebatador!

O público presente era o mais variado possível, dos amantes do rock, aos adolescentes, passando por aquelas que se mostravam apenas curiosos em saber o que era o tal do Rock ‘N’ Roll, além dos “engravatados” que após um dia normal se propuseram a ter uma boa dose de metal.
O set list foi curto, seguindo a proposta de um pocket show, mas após tantos anos de carreira, quaisquer que sejam as escolhas do Sepultura ao montar um set list, sempre haverá uma ou outra música que também é clássica e ficou de fora.

Fato é que Derrick Green (vocal), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Xisto Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria) sabem bem o que fazem e encerraram a noite com uma trinca para nenhum fã botar feito “Territory”, “Innerself” e “Roots”.

Segundo o guitarrista Andreas Kisser, esta foi a última apresentação da banda em solo brasileiro esse semestre, o Sepultura se prepara para entrar em turnê pela Europa, e fazer uma série de shows aproveitando a leva de festivais que acontece no velho continente durante o verão. Podemos afirmar que a despedida de Andreas em Cia foi então em grande estilo!

Confira algumas fotos do show do Sepultura na exposição Let’s Rock:

 
 
 
 
 
 
 
 

Resenha e fotos publicadas no site Metal Revolution: http://metalrevolution.net/blog/2012/05/20/sepultura-agita-a-lets-rock-em-sao-paulo/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Michael Monroe – 25-05-2012 – São Paulo – SP (Inferno Club)

Texto e fotos por Juliana Lorencini

Michael Monroe é considerado uma das maiores influências do hard rock, o músico já foi declarado como inspiração para diversos outros nomes do hard rock, entre eles Axl Rose e sua trupe. Além de servir de referência para grande parte das bandas de glam metal que surgiram nas décadas de 80 e 90.

No último dia 25/05, o músico finlandês se apresentou pela primeira vez no Brasil, no Inferno Club.  O ex-líder do Hanoi Rocks, acompanhado por Sami Yaffa (baixo ), Steve Conte ( guitarra), Dregen (guitarra) e Karl Rockfist (bateria)  trouxe à São Paulo todo o glamour do hard rock oitentista.

 A noite começou um pouco tumultuada, a banda responsável pela abertura simplismente não tocou, os motivos não foram esclarecidos, mas o público não ficou a ver navios, enquanto aguardavam por Michael, se entretiam com a discotecagem feita pela casa.

Pontualmente à 1h, Michael Monroe subiu ao palco, animado, não perdeu tempo e abriu a noite com “Trick of the Wrist”.  Bem caracterizado, apesar do cantor afirmar que já não se veste tão purpurina como no início de sua carreira, ver Michael no palco faz você se sentir por alguns instantes de volta à época do bom e velho rock and roll.

Monroe ainda fez graça subindo diversas vezes no balcão que cabe ao DJ, local que se tornou caricato entre os músicos que se apresentam no Inferno Club. Na platéia desde os fãs mais recentes do cantor, até aqueles mais antigos, foi possível até mesmo encontrar a banda polonesa de death metal Decapitated, que se apresentaria também pela primeira vez em São Paulo na noite seguinte.

 Michael é um ícone do hard rock, porém musicalmente o cantor mistura diversos elementos como a música country e o punk rock, facilmente identificados em suas composições. O set list foi mesclado de clássicos, algumas faixas de seu mais recente e bem sucedido trabalho “Sensory Overdrive”, lançado no ano passado, e é claro como não poderia faltar, Hanoi Rocks!

Ao auge dos seus 50 anos, mostrou toda sua vitalidade, com uma presença de palco marcante, Michael não parou um minuto sequer, o músico revezada entre fazer caras e bocas, pular sob o palco, além de conversar muito com o público.

Conforme prometido pelo músico, Michael Monroe de fato fez valer a pena a espera dos fãs! E deixou claro que sua cerreira está longe de ter um fim, ou cair na mesmisse de viver apenas de sucessos passados.

Set List Michael Monroe
Trick Of The Wrist
Got Blood
Modern Day Miracle
Motorvatin’ (Hanoi Rocks)
Hammersmith Palais (Demolition 23)
’78
All You Need
Nothin’s Alright (Demolition 23)
Not Fakin’ It
Superpowered Superfly
Bombs Away
I Wanna Be Loved (Johnny Thunders & The Heartbreakers)
Mystery City
Malibu Beach Nightmare (Hanoi Rocks)
Dead, Jail Or Rock ‘N’ Roll
Taxi Driver (Hanoi Rocks)
1970 (I Feel Alright) (The Stooges)

Confira a galeria de fotos do show do Michael Monroe em São Paulo:

 
 
 
 
 
 

Resenha e fotos publicadas no site Metal Revolution: http://metalrevolution.net/blog/2012/05/27/michael-monroe-25-05-2012-sao-paulo-sp-inferno-club/