domingo, 31 de outubro de 2010

Sonata Arctica - 30-10-2010 - São Paulo - SP (Carioca Club)

Por Juliana Lorencini
Fotos por Juliana Lorencini



A banda finlandesa Sonata Arctica, em sua terceira passagem pelo Brasil, se apresentou nesse último sábado, dia 30 de outubro, no Carioca Club, em pinheiros. Com início marcado para as 19hs e com apenas 15 minutos de atraso o Sonata sobe ao palco, Tony Kakko (Vocal), Marko Paasikoski (Baixo), Tommy Portimo (Bateria), Henrik Klingenberg (Teclado), Elias Viljanen (Guitarra) entram aos poucos e vão cumprimentando ao público, que grita euforicamente.

Com a casa completamente lotada pelos fãs do power metal do Sonata, após a “Intro” com “Everything fades to Gray”, eles começam com “Flag In The Ground”, “Black Sheep “,”The Last Amazing Grays “, nesse momento Tony dá um pulo sobre o retorno que há em sua frente que por alguns instantes me fez ter a sensação que o seu pé me “acertaria em cheio”, simpático Tony para por alguns segundos e faz pode para todos os fotógrafos que estão ali a frente e ainda espera para ter certeza que a foto foi tirada, acenando e voltando a parte superior do palco.



Na sequência Tony faz um pequeno discurso, senta-se na frente da bateria e em seguida ajoelha-se para dar a introdução de “Juliet (Before a story of Shakespeare)”, volta a ficar em pé e nos instantes finais volta a ajoelhar-se. Em seguida a clássica “8th Commandment “ , “As If The World Wasn’t Ending”, “Paid In Full”, “Tallulah” e “In Black and White”.

Após “The Dead Skin”, chega à vez dos solos, Elias and Henrik proporcionam um ótimo solo tanto individual como em conjunto de guitarra e teclados. Por sinal, é preciso dar um pequeno destaque aos teclados, Henrik se apresenta com um teclado roxo, completamente roxo. Algo que me chamou muito a atenção! Emendam o solo com “The Cage”.Tony conversa muito com o público e nesse momento se despede, mas todos já sabíamos que haveria uma volta, já que alguns clássicos ainda estavam pendentes.



Em alguns minutos, Tony volta sozinho ao palco e começa a conversar com a platéia, vejo nesse momento o roadie da banda colocando um banquinho e duas baquetas próximos ao vocalista. Tony começa brincando, pedindo para que todos o sigam, em seguida divide a platéia em três blocos e ensina a eles sons diferentes e pede para que eles repitam de forma alternada, logo mais a platéia entende que Tony a está fazendo de bateria, em seguida o vocalista pega o banquinho e coloca mais a frente, se senta, ajusta o microfone a sua altura e com baquetas em mãos pede para que a platéia mais uma vez repita a seqüência, em alguns instantes, então começa a cantar “We Wiil Rock You” (Queen), e apesar dos inúmeros risos todos continuam cantando com Tony, até que a banda toda retorna ao palco. Um grande momento de descontração e uma idéia nova, nunca havia presenciado algo parecido em show do gênero e achei fantástico!



Após a brincadeira de Tony, tocam “FullMoon” e “Don’t Say A Word” outros dois grandes clássicos da banda, que foram acompanhado por todos e fecham a noite com “Vodka (Hava Nagila)” e “Everything Fades To Gray (just Chorous)” com chave de ouro!

Posso lhes dizer que foi um show incrível, com uma banda extremamente carismática que manteve um contato próximo com seu público o tempo todo, literalmente entretendo a todos, Tony Kakko, por diversas vezes recolheu todo que lhe foi jogado, e os objetos variavam entre ursinhos de pelúcia a flores, sempre fazendo algum tipo de brincadeira encaixando em suas músicas as palavras “São Paulo” ou “Brasil”, não parou um só instante no palco. Além do essencial a qualidade do Sonata ao vivo, impecável!

Um grande show, que pede por um retorno breve!





Set List:
Intro (Everything fades to Gray)
Flag In The Ground
Black Sheep
The Last Amazing Grays
Juliet (Before a story of Shakespeare)
8th Commandment
As If The World Wasn't Ending
Paid in Full
Tallulah
In Black and White
The Dead Skin
Elias and Henrik Solos (Guitar and Keyboard)
The Cage

Biss:
Tony “Drums” Solo(We Will Rock You) (Queen Cover)
FullMoon
Don't Say A Word
Vodka (Hava Nagila)
Everything Fades To Gray (Just Chorous)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Halford - 24-10-2010 - São Paulo - SP (Carioca Club)



Por Juliana Lorencini

Neste último sábado, 24 de outubro, aconteceu em São Paulo uma das apresentações internacionais mais importantes do ano, senão para muitos a mais relevante.
O vocalista do Judas Priest, Rob Halford se apresentou na capital paulista divulgando o seu mais novo trabalho solo 'Halford IV - Made Of Metal', ao lado dos músicos Roy Z (guitarra), Metal Mike Chlasciak (guitarra), Mike Davis (baixo) e Bobby Jarzombek (bateria) que o tem acompanhado durante esta turnê.
Sua última passagem pelo Brasil foi em 2008 junto com o Judas Priest, onde foram feitas duas apresentações. Halford então retorna ao Brasil para uma única apresentação, desta vez no Carioca Club, casa que tem se tornado grande referência em shows de rock e suas vertentes dentre ela o Heavy Metal e que neste sábado estava com sua lotação máxima!

A movimentação já era grande do lado de fora da casa desde cedo, uma grande fila já se formava rumo a entrada, confesso nunca ter visto aquela rua tão agitada e não era para menos, Halford consegue reunir em seu público pessoas de diferentes estilos, idades e lugares, todos ansiosos para ver “O Deus do Metal” em mais uma e diferente performace.

Dentro da casa muitos já se acomodam próximo a grade, cada mínimo canto é disputado, para tentar ficar o mais próximo possível. Como muitos diriam numa famosa expressão do meio pós show: “Peguei grade!”, os menos afoitos aguardam mais atrás se é que isso é possível, em dias de casa cheia, cada um se acomoda na fresta que acha.

É então que o telão é desligado e a luzes aos poucos se apagam, todos com olhares fixos no palco, até aproximadamente as 20h30 Halford entra levando todos ao delírio! É um momento único, me arrisco até mesmo a dizer que muito me empolga assim como o vi a primeira vez em 2005 onde o Judas Priest se apresentou ao lado no Whitesnake (NR: Que é minha banda do coração!) entrando no palco pilotando sua Harley, uma imagem que eu tinha em minha cabeça de forma muito simbólica e ali se concretizou.

Contos à parte, Halford começa com “Ressurection” e “Made in Hell”, ambas do album “Ressurection”, já foi o bastante para com que todos, no sentido mais abrangente da palavra cantassem com ele em uníssono! É nesse momento também em que ele despe da sua tradicional jaqueta de couro e óculos Ray Ban que apesar de ser uma marca do vocalista, no calor “infernal” que estava no Carioca, seriam realmente impossível manter-se daquela forma.

Halford então passa por “Locked and Loaded”, “Droup out”, “Undisputed”, “Nail to the Gun”, “Golgotha “, “Fire and Ice” e “Green Manalishi”, muito simpatico Halford conversa com a platéia diversas vezes, brinca, dança pelo palco sem perder o estilo. Confesso eu que até o momento não conseguia parar um só segundo, até que então chega a vez do que para mim e para muitos foi uma grande supresa, Halford anúncia “Diamonds and Rust” do Judas Priest, nesse momento vejos todos mais exaltados do que antes, se é que isso é possível. Esse foi um dos poucos, mas muitos poucos em que banda e fãs interagem o tempo inteiro, não houve uma só música que não tenha sido cantada em alto e bom som por todos juntos à Halford!

Temos então “Jawbreaker”, “Like theres no tomorrow”, “Thunder and Lightning”, “CyberWorld” e “Heart of a Lion”. O show se aproxima do seu fim, e eu ainda não havia conseguido ficar parada um só segundo, vejo então um fã jogar uma camiseta do Dio, que Halford ergue e coloca a sua frente, e assim um coro com o nome “Dio” é feito. Foi realmente incrível ver Halford tão próximo numa apresentação repleta de clássicos que sem dúvida alguma foi uma das melhores que já vi na vida! Apenas senti falta de “Slow Down”, mas confesso que esse era um desejo pessoal.

E assim com “Savior” encerra essa que foi uma grande noite para Heavy Metal. Halford consegui por si só, reunir os mais diversos públicos existentes do Metal dentre tantas vertentes e mais ainda aqueles que ainda apareciam o bom e velho Classic Rock. Mostrando não só sua versatilidade como fazendo jus a referência que à anos carrega consigo, “The Metal God”.

Agradecimentos mais uma vez a Dark Dimesions Produções pela atenção dispensada a nós e parabenizando-os pela iniciativa e organização do evento.

Set List:
Ressurection
Made in Hell
Locked and Loaded
Droup out
Made of Metal
Undisputed
Nail to the Gun
Golgotha
Fire and Ice
Green Manalishi
Diamonds and Rust
Jawbreaker
Like theres no tomorrow
Thunder and Lightning
CyberWorld
Heart of a Lion
Savior

Reesenha publicada no site Metal Revolution: http://www.metalrevolution.net/shows/halford/Halford.htm

domingo, 10 de outubro de 2010

Rush - 08-10-2010 - São Paulo - SP (Estádio Morumbi)

Por Juliana Lorencini


A banda canadense de rock progressivo Rush, se apresentou nessa última sexta-feira dia 08 de outubro, no estádio do Morumbi na zona sul de São Paulo. Trazendo ao país a turnê Time Machine, que reúne os seus grandes clássicos além de tocar na integra o álbum "Moving pictures", disco de maior sucesso da sua carreira.
Após longos 8 anos de espera pelo retorno da banda, pontualmente as 21h30, os telões começam a transmitir um pequeno vídeo, onde a banda contracena com outros atores que simulam ser o Rush, divertidíssimo o pequeno trailer serve de introdução para que a banda suba ao palco já tocando "The spirit of radio", nesse momento todos no estádio acompanham a banda, eles então seguem com “Time Stand Still”, “Presto” e “Stick It Out”. É então que Geddy Lee cumprimenta a platéia agradecendo e dizendo que está muito feliz em voltar ao país após 8 anos.

Na sequência temos, “Working’ Them Angels”, “Leave That Thing Alone” e “Faith”.

Geddy Lee no auge de seus 57 anos percorre todo o palco, ensaia alguns passos e chega até mesmo a esboçar um rebolado, esbanjando simpatia. Sorrindo e brincando com os fans mais próximos.
Após exata uma hora de apresentação, Geddy anuncia que farão uma pequena pausa, pois esse será um longo show e pede para que ninguém vá embora, pois logo mais estarão de volta. Porém, assim que a banda saí do palco é ouvido o seguinte anúncio: “Senhoras e senhores, devido a idade avançada dos músicos, faremos uma pausa de 20 minutos”, que é motivo de risos para muitos.

Aproximadamente 25 minutos depois, temos novamente nos telões uma segunda parte do vídeo que deu início a apresentação, dessa vez os músicos aparecem como agentes da banda e discutem seu futuro dos desengonçados músicos que agora já tocam melhor, em seguida temos os músicos tocando seus instrumentos de formas invertidas e vão alternando até que a “real band” sobe ao palco novamente com “Tom Sawyer” deixa dada pelo vídeo.

Foi um espetáculo completo desde o show de iluminação impecável, a fogos de artifício coloridos, fogo em alguns momentos no palco, a fumaça emitida pela Maria Fumaça que ilustrava o palco, um telão de fundo com imagens personalizadas da banda ao vivo além de ilustrações além da presença de atores no palco em dois momentos caracterizados como no vídeo.

Além de um solo de bateria Neil Peart que deixou os olhares atentos aos telões enquanto o mesmo mostrava o porquê é considerado um dos senão o melhor baterista de todos os tempos.


Com algumas músicas do seu mais recente álbum "Snakes and arrows" intercadas entre grandes clássicos, tivemos ainda “YYZ”, “Closer To The Heart” e no bis as já esperadas “La Villa “Strangiato” e “Working Man”.

Com 3 horas de apresentação o Rush mostrou porque é uma das maiores bandas de rock, capaz de reunir em um único dia famílias inteiras e fãs de diferentes vertentes do rock numa apresentação impecável.

Set List:
The Spirit Of Radio
Time Stand Still
Presto
Stick It Out
Workin’ Them Angels
Leave That Thing Alone
Faithless
BU2B
Freewill
Marathon
Subdivisions
Tom Sawyer
Red Barchetta
YYZ
Limelight
The Camera Eye
Witch Hunt
Vital Signs
Caravan
Drum Solo
Closer To The Heart
2112 Part I: Overture
2112 Part II: The Temples Of Syrinx
Far Cry

Bis:

La Villa Strangiato
Working Man