segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ragnarok: banda anuncia saída da Regain Records sua atual gravadora


A banda de Black Metal norueguesa Ragnarok, anunciou nesta segunda-feira por meio de comunicado oficial em sua página no facebook que a mesma está deixando a sua atual gravadora, REGAIN RECORDS.

Até o momento a banda não optou por uma nova gravadora, mas está analisando algumas propostas já feitas. Para os interessados o e-mail de contato é patriciathomas@btinternet.com.

O Ragnarok encerrou essa semana uma turnê bem sucedida pela América do Sul, onde apresentou pelo Brasil e México nas duas últimas semanas. Atualmente a banda trabalha em seu sétimo álbum que deverá ser lançado no início de 2012. Jontho (bateria) é o fundador e o único membro remanescente da formação original, o line-up atual do Ragnarok consiste em Hans Fyrste (vocalista), DezeptiCunt (baixo e backing vocals) and Bolverk (guitarra). Mais informações sobre a banda podem ser encontradas no site official: http://www.ragnarokhorde.com/

Segue abaixo o comunicado na versão original:

The following statement has been issued by Norwegian Black Metallers RAGNAROK:

“We confirm that RAGNAROK is ending its collaboration with REGAIN RECORDS and no further albums will be released on the label. We are currently in the process of looking at various offers from labels, but no decision has yet been taken, and if any labels are interested in working with the band they are more than welcome to contact us via our management at patriciathomas@btinternet.com”

RAGNAROK is currently coming to the end of a very successful 14 date tour of Brazil and Mexico, and on their return the band will continue working on what will be their seventh full-length album. Formed in 1994, the last album, “Collectors of the King”, was released in 2010 after a six-year hiatus, during which time RAGNAROK underwent an almost total line up change, with drummer and founder member Jontho being the only original member left. Aside from Jontho on drums, the line up today consists of Hans Fyrste (Vocals), DezeptiCunt (Bass and Backing Vox) and Bolverk (Guitars). More information about the band can be found on their website at http://www.ragnarokhorde.com/

ADDITIONAL INFORMATION

Facebook: http://www.facebook.com/ragnarokofficial
Website: http://www.ragnarokhorde.com
SoundCloud: http://soundcloud.com/ragnarokofficial
MySpace: http://www.myspace.com/ragnarok
ReverbNation: http://www.reverbnation.com/ragnarokhorde
Management: patriciathomas@btinternet.com

sábado, 17 de setembro de 2011

Setembro Negro - 11-09-2011 - São Paulo - SP (Carioca Club)

Por Leandro Cherutti e Juliana Lorencini
Fotos Ragnarok por Juliana Lorencini

Fotos Belphegor e Morbid Angel por Leandro Cherutti

No último dia 11, tivemos na cidade de São Paulo, a realização do mais importante evento de música extrema do Brasil, o Setembro Negro Festival. Este ano além da atração brasileira Hellsakura, outros três nomes de peso fizeram parte do cast. Os noruegueses do Ragnarok junto com a banda austríaca Belphegor, ambas encerrando sua passagem pelo Brasil após uma série de apresentações pelo país. E por último um dos grandes expoentes da cena Death Metal mundial, o Morbid Angel.

A banda vem divulgando o seu mais recente e polêmico trabalho “Illud Divinum Insanus”, o primeiro desde o retorno de David Vincent aos vocais, ocorrido em 2004. O álbum não conta também com a presença marcante de Pete Sandoval (bateria), que está afastado da após passar uma cirurgia nas costas.

Ainda cedo e com um público pequeno, à abertura do festival ficou a cargo da banda Hellsakura, que de forma simples e objetiva, passou toda a fúria de seu punk rock aos presentes. A banda que acabou de lançar seu primeiro albúm pela Tumba Records fez uma breve e boa apresentação.

Chega então a vez do Ragnarok mostrar a que veio, trazendo um ríspido e agressivo Black Metal. Os noruegueses executaram um set list curto que passou por diversas fases de sua discografia com “It’s War”, “Bless Thee For Granting Me Pain” , “Stabbed by the Horns”, “Certain Death, “In Nomine Satanas” e encerraram com “Blackdoor Miracle”.

Com uma presença de palco marcante, que empolgou o público, Jontho Panthera (bateria), DezeptiCunt (baixo, backing vocals), Hans Fyrste (vocal) e Bolverk (guitarra) mostraram porque tem se tornado um dos grandes nomes dentro do Black Metal atualmente.

Após uma breve pausa de 15 min, chegou o momento do Belphegor entrar em cena. Ao som da sombria intro “I Feast Upon The Dead”, Helmuth (vocal e guitarra), Serpenth (baixo), Bernth (guitarra) e Thyger (bateria), entraram no palco e se posicionaram de costas para o público, com exceção de Thyger.

A primeira paulada veio com “In Blood – Devour This Sanctity”, que compõe o último albúm de estúdio da banda, Blood Magick Necromance. Na seqüência a banda atacou com a clássica “Belphegor – Hell’s Ambassador” recebida com muito entusiasmo pelos fãs.

Com muita energia a banda retomou Blood Magick Necromance, com as faixas “Angeli Mortis De Profundis” e “Impaled Upon the Tongue of Sathan”, esta última, escolhida para ser o primeiro single e com um vídeo clipe muito peculiar, mas que não foge ao padrão da banda em relação aos anteriores.

O ápice do show aconteceu com a execução impecável de “Lucifer Incestus”, faixa que com o passar dos anos se tornou um ícone, que foi seguida pela à extensa “Rise to fall And Fall To Rise”. O Belphegor encerrou seu repertório de forma primorosa, com “Bondage Goat Zombie”.

A austríacos mostraram uma qualidade indiscutível no palco, muito bem entrosados, apesar do curto show, o Belphegor provou mais uma vez o porque é um dos grandes nomes do Black Metal.

O quarteto americano Morbid Angel, deu as caras por volta das 20h. David Vincent (Vocal), Trey Azagthoth (Guitarra), Destructhor (guitarra) e Tim Yeung (bateria), iniciaram de forma impactante sua apresentação com a avassaladora “Immortal Rites”. Para o deleite dos fãs, a banda não economizou nos clássicos e seguiu com uma trinca demolidora “Fall From Grace”, “Rapture” e “Pain Divine”.

O bom público que compareceu no Carioca Club estava entusiasmado, e a banda retribuiu toda esta energia com os hits “Maze of Torment” e “Sword to the Black”.

David Vicent sabe como poucos conduzir um espetáculo, e entre um dialogo e outro, preparou o terreno para a execução das novas faixas “Existo Vulgoré” e “Nevermore” que não destoaram do contexto do show, mas “ I Am Morbid” soou um pouco diferente de todo o resto.

Para colocar mais fogo nos ânimos dos fãs, tivemos a esplêndida “Angel of Disease”, “Lord of All Fevers and Plague” e “Chapel of Ghouls” que contou com um ótimo solo de guitarra de Trey Azagthoth, um dos grandes momentos da noite. A ação do tempo parece não fazer efeito sobre a figura emblemática de Trey Azagthoth, que no auge de seus 51 anos, continua em plena forma física.

A participação maciça da platéia foi fundamental no espetáculo, que seguiu com os títulos “Dawn of the Angry”, “Where the Slimes Live”, Blood On My Hands” e “Bil Ur-Sag” a única faixa da era Steve Tucker inclusa no repertório.

Contrariando os descrentes, o Morbid Angel fez uma apresentação soberba, com um set calcado em toda a fase David Vincent. Com mais de 1h30 de chaos sonoro os americanos encerraram com “God of Emptiness” e World of Shit”.

O Setembro Negro Festival mais uma vez provou o quanto o público de música extrema precisa de mais eventos do gênero. Com a casa cheia e grandes bandas a noite terminou com um saldo extremamente positivo para a cena extrema nacional e para os fãs que já anseiam por mais iniciativas como esta.

Set List Ragnarok

It's War
Bless thee for Granting me Pain
Stabbed by the Horns
Certain Death
In Nomine Satanas
Blackdoor Miracle

Set List Belphegor

Feast Upon The Dead (Short Live Instrumental )
In Blood - Devour This Sanctity
Belphegor - Hells Ambassador
Angeli Mortis De Profundis
Impaled Upon The Tongue Od Sathan
Lucifer Incestus
Rise To Fall And Fall To Rise
Bondage Goat Zombie

Set List Morbid Angel

Immortal Rites
Fall From Grace
Rapture
Pain Divine
Maze of Torment
Sworn to the Black
Existo Vulgore
Nevermore
I Am Morbid
Angel of Disease
Lord of All Fevers and Plague
Chapel of Ghouls / Trey Azagthoth Solo / Chapel of Ghouls
Dawn of the Angry
Where the Slime Live
Blood on My Hands
Bil Ur-Sag
God of Emptiness

World of Shit

Judas Priest & Whitesnake - 10-09-2011 - São Paulo - SP (Arena Anhembi)

Por Juliana Lorencini
Fotos por Juliana Lorencini

No último sábado dia 10 de setembro, a cidade de São Paulo foi palco de mais um grande encontro do rock mundial. Dois nomes de peso dentro do Heavy Metal e do Hard Rock se apresentaram juntos, numa noite inesquecível na Arena Anhembi. Essa não foi a primeira vez que Judas Priest e Whitesnake dividem o mesmo palco no Brasil, em 2005 as duas bandas já haviam excursionado juntas pelo país. Mas desta vez o clima de despedida de uma das mais importantes bandas do heavy metal tradicional, Judas Priest, deu um gosto especial a noite, já o Whitesnake, está en turnê para divulgar seu mais recente albúm “Forevermore”.

Pontualmente as 20h, o Whitesnake sobe ao palco, ovacionado pelo público que aguardava ansiosamente pela banda, a primera faixa escolhida por David Coverdale (vocal), Reb Beach (guitarra), Doug Aldrich (guitarra), Michael Devin (baixo), Brian Tichy (bateria) e Brian Ruedy (teclado) para abrir a noite é “Best Years” que foi seguida por “Give Me All Your Love”, “Love Ain’t No Stranger”, “Is This Love” e “Steal Your Heart Away”.

O Whitesnake trouxe aos fãs uma mistura quase que perfeita em os clássicos e as músicas de seus trabalhos mais recentes “Good to be bad” e “Forevemore”, os dois muitos parecidos em sua sonoridade num todo, onde a química entre Coverdale e Doug Alderich fica muito clara.

Lógicamente uma banda com tantos de estrada e inúmeros clássicos não conseguiria em um show de abertura, com pouco mais de uma hora, trazer todos os clássicos aos fãs, “The Deeper the Love”, minha música favorita da banda, teve apenas a primeira frase do refrão cantada, alguns sorrisos de Coverdale e logo “Forevermore” trouxe seus primeiros acordes.

A versão acústica de “Soldier of Fortune” foi com toda certeza uma grande surpresa para até mesmo para os fãs mais fevorosos da banda. Já em “Still of the Night” Coverdale pode mostrar que apenas de tantos anos a frente do Whitesnake, sua voz assim como sua incrível performace como frontman continua inabalável. Entre milhares de sorrisos, brincadeiras com o público e seu velho hábito de jogar o pedestal para cima, além das tipicas dançinhas de costas para a platéia, o vocalista ainda arranca muitos suspiros do público feminino!

Quanto aos solos da noite, Reb Beach e Doug Aldrich souberam muito bem como dividir o palco, já o baterista Brian Tichy apesar do talento, me fez sentir um pouco de falta de Tommy Aldridge conduzindo as baquetas. Para fechar a noite, como não poderia faltar “Burn” seguida de “Stormbringer” dois grandes clássicos da época do Deep Purple.

O Whitesnake provou não que isso fosse necessário, o porquê de estar entre os grandes nomes do Hard Rock mundial, e porque até hoje mantém seu posto, com uma apresentação memorável que só pecou pela falta de tempo.

Os fãs mais ardorosos como eu, já aguardam por um retorno da banda, mas que dá próxima vez venha como headliner.

Set List Whitesnake

Best Years
Give Me All Your Love
Love Ain’t No Stranger
Is This Love
Steal Your Heart Away
Forevermore
Duelo de guitarras
Love Will Set You Free
Solo de Bateria
Here I Go Again
Still of the Night
Soldier of Fortune (Deep Purple cover)
Burn / Stormbringer (Deep Purple cover)

Coverdale e sua trupe já haviam deixado o palco a aproximadamente 40 min, quando uma enorme cortina vermelha onde se lia “Epitaph”, sim o Judas Priest estava muito próximo de subir ao palco, até que em poucos segundos Rob Halford (Vocal), Scott Travis (bateria), Ian Hill (baixo, Richie Faulkner (guitarra) e Glenn Tipton (guitarra) estavam lá, diante de um grande público que se perdia entre observar o palco tradizo pela banda patra essa turnê de despedida ou acompanhar os movimentos dos músicos.

É notável que a produção escolhida para esse show foi a maior já trazida pela banda ao país, o posionamento do palco e dos integrantes não foge ao tradional, mas dessa vez ao invés de elevadores que transfortavam Halford de um canto ao outro do palco, em diversos momentos chamas de fogo e um telão imenso que trazia imagens dos albuns da banda serviram de pano de fundo.

Começam com “Rapid Fire” e sem dar nenhuma pausa já emendam com “Metal Gods” e “Heading Out to the Highway”.

É incrível ver como o Judas Priest no palco funciona bem junto, e faz tornar o momento grandioso. Richie Faulkner e Glenn Tipton por diversas vezes vem a frente para dividir solos, o novo guitarrista que substitui K.K. Downing parece ter sido prontamente aprovado pelos fãs. Rob Halford dispensa comentários, até mesmo nos agudos mais aguardados da noite, ele não desaponta. Além de circular pelo palco e esboçar algumas danças bem lá sua maneira.

O Judas passa por clássicos como “Diamonds & Rust” (Joan Baez cover), e “Turbo Lover”, e até mesmo em “Breaking the Law”, onde Rob Halford a algum tempo deixa o vocal apenas para o público enquanto anda de um lado ao outro do palco apenas ensaiando cantá-la, foi um momento mágico.

Chega então o momento que não poderia faltar e já se tornou uma marca tanto das apresentações do Judas Priest como de Halford em si, após uma pequena pausa, a banda volta para o bis, e lá está Halford entrando ao palco sua Harley Davidson, modelo feito pela marca especialmente para o vocalista. Com um chicote na boca, luvas pretas e um sobretudo prateado, Halford canta boa parte de “Hell Bent for Leather” sentado sobre moto.

Para encerar, mais uma vez, como na última vez que os vi ao vivo em 2008, Halford canta as últimas faixas com uma bandeira do Brasil lhe servindo como capa. As escolhidas para encerrar essa grande noite foram “You've Got Another Thing Comin'” e “Living After Midnight”.

Eu honestamente não acredito que essa tenha sido a última turnê da banda, porém, foi uma noite incrível, o Judas trouxe toda sua vitalidade para o palco, tocou diversos clássicos e até até Nostradamus álbum de 2008 que não havia sido muito bem recido pelos fãs e críticas quando lançado, esteve presente e foi bem recebido pelo público.

Não é por menos que o Judas Priest é tido como uma das maiores bandas de Heavy Metal tradional e vêm a nos influenciando muitas outras. Para aqueles que perderam esse momento, torçam para que eu esteja certa e a banda retorne em breve!

Set List Judas Priest

Rapid Fire
Metal Gods
Heading Out to the Highway
Judas Rising
Starbreaker
Victim of Changes
Never Satisfied
Diamonds & Rust (Joan Baez cover)
Dawn Of Creation
Prophecy
Night Crawler
Turbo Lover
Beyond the Realms of Death
The Sentinel
Blood Red Skies
The Green Manalishi (Fleetwood Mac cover)
Breaking the Law
Solo de bateria/Painkiller

Bis I:

The Hellion/Electric Eye
Hell Bent for Leather
You've Got Another Thing Comin'

Bis II:

Living After Midnight

O álbum completo de fotos dos shows do Judas Priest e Whitesnake pode ser conferido em: www.portaldoinferno.com.br