domingo, 3 de abril de 2011

Coletiva de Impresa Ozzy Osbourne - Abril de 2011

Por Juliana Lorencini
Fotos Time4Fun

Nesta sexta-feira (1), o “Príncipe das Trevas”, Ozzy Osbourne, 62 anos, concedeu aos jornalistas uma entrevista coletiva realizada no Hotel Tivoli, onde falou sobre sua turnê, a família, as drogas entre curiosidades. Numa entrevista bem humorada, marcada para divulgação da turnê do seu mais recente álbum Scream, Ozzy mostra porque é um dos ícones do rock ‘n’ roll mundial.

“Hoje, eu controlo a minha loucura. Parei de beber, fumar e usar drogas. Mas nunca vou parar de tocar”. É assim que abrimos à tarde, com uma afirmação que foi capaz de imediato arrancar um sorriso e uma respiração de alívio dos fãs e também jornalistas presentes. “Farei shows até morto”, gritou.

Quando a pergunta é sobre uma possível volta a estrelar um programa de TV, assim como fez em “The Osbournes”, reality show exibido de 2002 a 2005 na MTV.

“Não... rock ’n’ roll! Televisão é para preguiçosos”, exclamou. “Fomos convidados para fazer apenas uma participação em ‘MTV Cribs’ [outro reality show da MTV dos EUA], e depois para fazer um programa que fosse uma extensão dele. Tente ter uma câmera em sua casa 24 horas, por sete dias da semana, enquanto sua mulher tem câncer e seus filhos, problemas com drogas. Você fica ‘fucking loco’”, gesticulando fortemente com as mãos a altura da cabeça.

Como sempre se espera outro assunto sempre abordado nas entrevistas dadas por Ozzy, são as drogas e suas inúmeras experiências no mínimo engraçadas em decorrência das mesmas, e mais uma vez Ozzy faz graça “Já não bebo e não fumo, os meus anos de festa foram incríveis. Hoje estou no controle da minha loucura. Tem muitos momentos em que gostaria de apagar, mas eu não lembro deles.”

A respeito do aparecimento de novos fãs, já que nos dias de hoje muitos jovens ainda se tornam fãs e tem Ozzy como uma de suas principais influências, além dos mais antigos que ainda preenchem as primeiras fileiras de suas apresentações “Só agora percebo o quanto estou velho. Quando olho para a platéia e vejo jovens e crianças ao lado de senhores gritando juntos”

Ozzy também escreve para o jornal Inglês The Times, na Inglaterra e fala sobre sua experiência como Doctor Ozzy, dando dicas sobre relacionamentos. A idéia inicial veio de jornais da Califórnia onde isso é muito freqüente, e que criou isso como uma brincadeira, mas com tanta mídia ao seu redor mesmo não querendo mais fazê-lo, ele precisa e ainda comenta “Eu achei que não fosse saber responder. Mas eu sei tudo. Os leitores me falam: ‘Tenho uma mulher e não agüento mais transar com ela’. E eu respondo: ‘Largue sua esposa e arrume uma namorada’”.

Uma das perguntas freqüentes e ansiada pelos fãs teve uma resposta muito direta e franca, quando indagado sobre uma possível volta com a banda que o consagrou como vocalista, o Black Sabbath “Há chances de eu voltar a cantar com o Black Sabbath. Só não sei quando e como”.

E sobre o Rio In Rio, será que o roqueiro teria alguma recordação de sua apresentação que foi uma das mais marcantes no festival em sua primeira edição em 1985? “Lembro muito bem desse dia. Foi um dos maiores palcos em que já cantei. Os brasileiros são apaixonados por música” “Eu me lembro bem, foi algo enorme, estávamos no maior palco. As pessoas no Brasil amam música, são realmente apaixonadas. Sinto sempre essa paixão quando venho aqui, amo vir ao Brasil”.

E como é para Ozzy conciliar a família e a vida de shows ao redor do mundo, “Quando estou em casa eu só recolho cocô de cachorro. Mas, aqui entre vocês, sou um rei” e ainda acrescenta que é um cara com uma vida normal e que respeitar os fãs é o mais importante sempre.

Ozzy ao ser questionado sobre sua biografia "Eu sou Ozzy" (Editora Benvirá) e em uma comparação com a do roqueiro Keith Richards [guitarrista do Rolling Stones], também famoso por grandes feitos de loucura no decorrer de sua carreira e que lançou sua biografia recentemente, demonstra não gostar muito. Segundo Ozzy com os material que sobrou deste seu primeiro livro ainda poderiam ser escrito muitos outros e mais "Biografias de músicos de rock 'n' roll são sempre a mesma história: eles quase morrem, amam o que fazem...".

Já quando a pergunta é se Ozzy escuta bandas mais atuais, ditas como novas e o que ele andava ouvindo, a resposta é quase que imediata “Olha, eu não ouço Justin Bieber, não acho que ele estará aqui em 40 anos como estou hoje. Eu gostava da... Esqueci o nome daquela porra... Lady Gaga! Mas agora ela está chata pra caralho”. Arrancando muitos risos de todos ali presentes incluindo do próprio Ozzy! Recentemente após grande repercussão em uma entrevista onde demonstra não conhecer o cantor Justin Bieber, gravou um comercial com o mesmo para a TV americana.

E ainda o cita em mais um trecho, quando comenta que ele faz música há 42 anos e que já viu muitas mudanças e não sabe quem o irá substituir, com certeza não será o Justin Bieber. “Novas bandas irão surgir, mas há espaço para todos”.

Sobre sua escolha pelo guitarrista Gus G. Ozzy que é famoso por escolher guitarristas desconhecidos do grande público, argumenta “Escolho pessoas desconhecidas para tocar comigo porque eles têm fome de tocar” e complementa “O Gus tem isso, os grandes já não tem essa vontade de crescer”.

Nessa turnê brasileira, a banda de Ozzy é formada por Rob Blasko Nicholson (baixo), Tommy Clufetos (bateria) e Adam Wakeman (filho de Rick Wakeman, que já participou de alguns álbuns do Black Sabbath na década de 70).

Referente ao setlist dessa turnê comenta “Se fosse colocar todas as músicas, minha apresentação duraria cinco dias. Mas sempre fazemos alguma coisa diferente”. Ao ser questionado se este poderia conter alguma "surpresa" nas próximas apresentações no Brasil, Ozzy mais uma vez brinca. “Se eu sobreviver, já será uma surpresa”.

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