Os suecos do Opeth fizeram no domingo
(01/04/2012), sua segunda passagem pelo país, a última vinda da banda ao
Brasil aconteceu em 2009, e não para a nossa supresa, mesmo em meio a
avalanche de shows que tem acontecido nos últimos meses, muita gente fez
questão de prestígiar Mikael Åkerfeldt (vocais e guitarra), Martin
Mendez (baixo), Fredrik Åkesson (guitarra), Martin “Axe” Axenrot
(bateria) e Joakim Svalberg (teclado).
Seu trabalho de estúdio mais recente, Heritage
(2011), divide opiniões, considerado o álbum mais progressivo da banda,
o que lhe rendeu algumas comparações com o YES, o cd traz Mikael
Åkerfeldt cantando de forma mais limpa, bem diferente dos guturais
apresentados nos trabalhos anteriores. Ainda sim, Heritage tem recebido inúmeros elogios dos fãs e da crítica especializada, apesar da notória mudança.
Às 20h20 com apenas alguns minutos de
atraso em relação ao horário anunciado, a banda sobe ao palco,
simpáticos, perdem alguns minutos interagindo com os fãs, atitude essa
que se manterá por todo o show, até anunciarem a primeira da noite, “The Devil’s Orchard“, seguida por “I Feel The Dark”, ambas de Heritage.
A iluminação da casa parece ter sido
escolhida a dedo pela produção da banda, que somada a sonoridade das
novas músicas trazia um clima mais intimista e psicodélico ao show, tal
luz só não agradou mesmo aos fotográfos – assim como eu – que precisaram
se esforçar para conseguir bons clicks.
Um fato curioso notado por mim lá pela
metade do show, enquanto assistia e fotografava o show do camarote, foi
que o carismático Mikael Åkerfeldt tem todas as letras de suas músicas
coladas no chão ao seu redor, normalmente os músicos contam apenas com o
set list, mas Mikael tem as letras de todas, cada uma em uma folha
diferente.
Os fãs retomaram o fôlego e a empolgação quando sons mais antigos do grupo foram anunciados, dentre eles “Heir Apparent”, “The Grand Conjuration”, “The Drapery Falls”, dos respectivos álbuns Watershed (2008), Ghost Reveries (1995) e Blackwater Park (2001). Trazendo de volta ao palco o death/doom metal que muitos estavam sentindo falta, até aquele momento no show.
Após uma longa pausa, que por alguns
instantes me fez dúvidar se o Opeth retornaria mesmo ao palco, Mikael
surge e logo caminha até o microfone para conversar mais uma vez com os
fãs, o vocalista diz que só tocariam a próxima música, caso todos ali
façam muito barulho, e diz também, que a responsabilidade de avaliá-los
seria do baixista Martin Méndez. Após a segunda tentativa do público,
Martin dá seu aval, e a banda encerra a noite com “Deliverance”.
O Opeth já deixou bem claro que não é
uma banda que se apega a rótulos, composta por músicos com uma qualidade
técnica indiscutível, a banda vem desenvolvendo novos experimentos
musicais, e o resultado disso foi Heritage, mais um grande
álbum da banda, mesmo fugindo a expectativa que alguns criaram por algo
mais pesado. Porém nunca foi segredo para ninguém que a banda tem forte
influência do rock progressivo dos anos 70, e talvez, um álbum nessa
linha mais progressiva, não demorasse muito a sair.
A escolha do set list mais focado em Heritage,
provavelmente foi a surpresa para os fãs que ao meu ver esperavam por
mais músicas dos cds anteriores, com quase 2h de show, a impressão que
fica, é que o Opeth terá de voltar ao Brasil em breve, para saciar os
inúmeros fãs que compareceram nesse show único!
The Devil’s Orchard
I Feel The Dark
Face of Melinda
Slither
Windowpane
Burden
The Lines in My Hand
Folklore
Heir Apparent
The Grand Conjuration
The Drapery Falls
Encore:
Deliverance
- Agradecimentos à Sob Controle Produções.
Confira a galeria de fotos do show do Opeth: http://metalrevolution.net/blog/2012/04/03/opeth-01-04-2012-sao-paulo-sp-carioca-club/
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